Implantado sob o argumento de diminuir despesas e em nome do reequilíbrio das contas públicas, o ponto eletrônico nas repartições públicas estaduais de Goiás tem sido motivo de reclamações dos servidores, que denunciam verdadeiro terrorismo nas repartições.
Segundo informações que nos chegam e a nota publicada na coluna “Fio Direto” do Jornal Diário da Manhã, assinada pela jornalista Suely Arantes, “o patrulhamento que superintendentes do governo Perillo estão fazendo nas repartições públicas para conferir o cumprimento do ponto eletrônico dos servidores está causando antipatia e revolta na categoria”.
Sofrendo as duras medidas implantadas por Marconi Perillo nesse quarto mandato, como o parcelamento dos salários, o não pagamento do data-base e a postergação do recebimento dos quinquênios, os servidores reclamam que estão sendo tratados como “meninos de grupo” e dizem que “nunca, em governo algum, isso aconteceu em Goiás”.
A fiscalização, que tem se constituído verdadeiro assédio moral, vem causando grande desgaste psicológico aos servidores que se sentem pressionados e ameaçados pela forma como é feito o “patrulhamento” nas repartições. “As ameaças de punição são constantes e visam causar terror no servidor para que ele jamais pense em faltar ao serviço”, diz um funcionário.
Medida aprovada pelo Governo restringiu o número de faltas justificadas que podem ser abonadas, reduzindo a três faltas em cada mês civil e/ou 18 no exercício, mesmo as faltas amparadas por atestados médicos. “Não somos contra registrar entrada e saída, somos contra o terrorismo que vêm sendo feito nas repartições”, diz outro servidor.