De acordo com o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) divulgado pelo Governo de Goiás, referente ao 2ª quadrimestre de 2024, a Dívida Consolidada Líquida (DCL) do estado atingiu o menor patamar da história de Goiás. Segundo o demonstrativo, o percentual da DCL chegou a 23,59% da Receita Corrente Líquida ajustada, uma queda de quase 75%, se comparado com os índices de 2018, último ano do governo tucano em Goiás.
Apurada pela equação Dívida Consolidada Bruta – Disponibilidade de Caixa, a DCL goiana teve redução de 74,41% no período compreendido entre dezembro de 2018 a outubro de 2024, saindo de R$ 19,6 bilhões para R$ 9,6 bilhões atualmente. Uma redução de R$ 10 bilhões no período.
A Dívida Consolidada Bruta alcançou R$ 26,85 bilhões e a disponibilidade líquida de Caixa superou R$ 17 bilhões. A amortização da dívida, incluindo serviços das dívidas interna e externa, liquidados pelo governo em 2024, foi de R$ 1,24 bilhão.
Com isso, a relação DCL/Receita Corrente Líquida (RCL) chegou a 23,59%, o menor percentual da história do Estado. O resultado só foi possível porque o governo Caiado controlou as despesas e aumentou a disponibilidade de caixa, com o aumento da receita, e também porque não houve a contratação de novas dívidas.
A Dívida Consolidada de Goiás, assim entendidas aquelas assumidas com prazo para amortização acima de 12 meses, teve um crescimento exponencial no período compreendido entre o ano 2000 e 2018, que superou 130%. Nesse período, a dívida cresceu mais de R$ 11 bilhões. Até o segundo ano do primeiro mandato de Marconi Perillo (PSDB), Goiás devia cerca de R$ 8,1 bilhões para o Tesouro Nacional e outras instituições públicas. Ao final de 2018, essa dívida já era de R$ 19,6 bilhões, o que correspondia a 92,19% da RCL.
Até o início da reestruturação da dívida do estado, medida adotada pelo governo Caiado e que teve como ápice a entrada no Regime de Recuperação Fiscal (RFF), Goiás figurava entre os quatros piores estados em situação fiscal do Brasil, ao lado de Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Hoje, Goiás é o estado que tem maior índice de liquidez entre todos os entes da federação, ocupando o 1º lugar neste quesito no Ranking de Competitividade dos Estados, estudo elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), divulgado no fim do ano passado.
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