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Política

Sob o comando de Ana Carla Abrão, contas públicas goiana pioram

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Sob o comando da secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, cotada para assumir a pasta do planejamento do Governo Temer, as contas públicas de Goiás tiveram uma substancial piora em 2015. Ana Carla assumiu a pasta no início do quarto mandato de Marconi Perillo (PSDB), em janeiro de 2015, sob o forte discurso de reforma fiscal e equilíbrio das finanças do Estado. Não surtiu efeito, no entanto.

Relatório da área de Gestão de Contas do Tribunal de Contas do Estado de Goiás mostram uma piora nos números do Governo. O déficit financeiro orçamentário, que é a diferença entre o que o Estado arrecadou e o que gastou de fato, por exemplo, superou R$ 1,885 bilhão. Foi o maior déficit já registrado nas contas do Estado em toda sua história.

O saldo negativo da conta centralizadora, que reúne 120 contas de vários órgãos e entidades do Estado, fechou em 2,1 bilhão em 31/12/15, um aumento de R$ 641 milhões em relação a 2014. As despesas com pessoal teve um aumento nominal de 9,12% (nove vírgula doze por cento) em relação ao último quadrimestre do exercício financeiro de 2014. Ressalte-se que não foram pagos o data-base dos servidores do executivo.

Segundo o TCE, “esse grande avanço, ocorrido no exercício de 2015, ultrapassa o valor de R$718.000.000,00 (setecentos e dezoito milhões de reais), sendo que, desde o ano de 2013, as despesas líquidas consideradas para efeito do limite com pessoal alcançam, aproximadamente, R$1.500.000.000,00 (um bilhão e quinhentos milhões de reais) de aumento nominal”.

Outro ponto que denota má-gestão das finanças públicas, diz respeito a dívida consolidada líquida que chegou a 115,01% da Receita Corrente Líquida. O aumentou nominal em relação a 2014 foi de R$ 1,37 bilhão até 31/12/15. Dezenove recomendações exaradas no parecer de contas de 2014 deixaram de ser atendidas pela Secretaria da Fazenda. Portanto, a realidade das contas públicas goianas joga por terra o discurso midiático do equilíbrio e do crescimento. A situação financeira do Estado de Goiás é caótica e preocupante.

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