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Política

Sobre eleições e taxa do Agro, Adriano da Rocha Lima diz que as pessoas têm que aceitar o processo democrático

Entrevistado do Jackson Abrão Entrevista, o secretário-geral da Governadoria avalia que Ronaldo Caiado tem se comportado como um grande estadista, fugindo da dicotomia que tomou o país, e atuado como um democrata que busca as melhores alternativas para Goiás e os 7,2 milhões de goianos

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O secretário-geral do Governo de Goiás, Adriano da Rocha Lima, considerado um dos homens fortes do governo de Ronaldo Caiado, disse na manhã desta segunda-feira (28/11), em entrevista ao Jackson Abrão Entrevista, do jornal O Popular, que não houve por parte do Governo de Goiás nenhuma ação de imposição quanto à criação do Fundo de Investimento em Infraestrutura (Fundeinfra), uma contribuição optativa e temporária sobre alguns produtos agropecuários, com teto máximo de 1,65%, que vai financiar obras de infraestrutura que beneficiem o próprio Agro.

De acordo com Adriano, as discussões sobre a criação da taxa foram intensas por parte do Governo e se iniciaram com a participação do setor produtivo do Agro. O secretário lembrou que a primeira reunião para tratar do assunto foi feita com todas as entidades representativas do Agronegócio, mas reconhece que daí pra frente essas entidades foram criando resistências. “Essas entidades preferiram fazer um trabalho de pressionar o governo, sem a disposição de dialogar. Depois vieram com esse discurso de que faltou diálogo. Não faltou diálogo”, afirma.

Sobre a possibilidade de que parte dos produtores rurais continuem a ofensiva contra a criação do Fundeinfra, Rocha Lima fez um paralelo do episódio que aconteceu na Assembleia Legislativa de Goiás, quando o plenário foi invadido por supostos representantes do Agro, impedindo a votação da matéria, com a situação política do país pós-eleição de 30 de outubro, onde apoiadores do candidato derrotado resistem em não aceitar o resultado das urnas.

“As pessoas, primeiro: têm que aceitar o jogo democrático. A democracia permite você ter contrapontos e ter embates, mas é o eleitor, com toda sua legitimidade, quem decide. A maioria decidiu por um presidente, entre os dois que disputaram o segundo turno. Então, temos que virar essa página. Esse mesmo movimento, que bloqueia estradas, muitas vezes faz uma pressão não democrática sobre temas que também foram discutidos democraticamente. A Alego representa democraticamente o eleitorado goiano, e ela votou com a maioria e aprovou o projeto da contribuição do Agro. Portanto, os debates são importantes e serão bem recebidos, mas desde que sejam no campo democrático”, ponderou.

Sobre o tratamento que o governador pretende dispensar aos descontentes, Adriano da Rocha Lima lembrou que Caiado tem responsabilidade com os 7,2 milhões de goianos, e não só com os produtores rurais, mas que não há dúvidas que, em virtude de toda a sua história política, a sua ligação estreita com o segmento rural, Ronaldo Caiado vai sim procurar curar essas feridas, mas o fará desde que haja disponibilidade de diálogo.

“O governador não é político de fazer vingança, de forma nenhuma. Ele vai atuar de forma responsável, como foi até agora. Ele vai sentar com o setor, vai discutir, desde que o setor esteja predisposto a essa discussão em alto nível. Agora, obviamente, se começarem a vir com atos não democráticos, como esses que ocorreram na Assembleia, aí o diálogo fica comprometido”, sustentou.

Sobre a futura relação de Ronaldo Caiado com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, o secretário disse não ver nenhuma dificuldade nessa convivência administrativa, até porque o governo de Ronaldo Caiado, antes de privilegiar qualquer dos espectros políticos, seja de direita ou de esquerda, tem sido um governo que atua para melhorar a vida das pessoas e que representa institucionalmente o Estado de Goiás, dialogando com todos os segmentos ideológicos, seja em Goiás, seja a nível nacional.

“Se a gente for olhar o governo de Ronaldo Caiado, nós veremos ações que podem classificá-lo de direita, de centro, de centro esquerda, então, antes de mais nada, o governador é um estadista, um homem que, quando foi parlamentar, dialogava com todos os segmentos ideológicos, de esquerda e de direita. Eu tenho certeza que ele continuará fazendo isso com o governo Lula, representando o Governo de Goiás, não fazendo nenhuma oposição que seja contrária aos interesses do Estado, e havendo o interesse do governo petista de fazer esse diálogo, de forma a apoiar os objetivos do governo estadual, tenho certeza que não haverá nenhuma dificuldade com o Governo Federal”, avaliou.

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