Nas declarações dada ao Jornal O Popular de hoje, 06/11, o Presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas – Agetop, Jayme Rincón, criticou a ação do Ministério Pùblico que investiga, desde 2013, um grande esquema de corrupção no órgão, cuja participação de funcionários e ex-funcionários da agência já foi comprovada pelo MP e denunciados ao judiciário.
Sem apresentar provas de sua contestação acerca da operação Compadrio, Rincón acusou o MP de fazer uma operação totalmente fora do padrão, sem necessidade: “Chegaram na Agetop com 30 policiais armados com escopeta e metralhadora para pegar documento. Não precisava ter chegado lá 6 e meia da manhã; era só fazer uma requisição por escrito, oficial, que era o correto, nós entregaríamos os documentos”, disse, muito embora esses documentos nunca foram entregues aos deputados da Assembleia que os requisitaram há mais de 2 meses, conforme denuncia o deputado José Nelto do PMDB.
A mais incrível declaração de Rincón, no entanto, estava por vir. Sem o menor pudor, o provável candidato do PSDB à Prefeitura de Goiânia em 2016, disse que os R$ 2 milhões que o Ministério Público estima ter sido desviado da Agetop é uma quantia irrisória. “O MP diz que tem R$ 2 milhões de subcontratações irregulares na Agetop. Vamos supor que houvesse, mas em um contexto de R$ 6,5 bilhões isso é muito pouco”, disse o dirigente.
O que Rincón chama de “muito pouco” daria para construir 20 casas populares, conceder 41 bolsas universitárias integrais de R$ 1 mil mensais por 4 anos e recuperar boa parte da estrutura da Universidade Estadual de Goiás, totalmente sucateada por falta de recursos.