A situação de isolamento do pré-candidato ao governo de Goiás pelo Patriota, Gustavo Mendanha, tem sido percebida até pelos aliados mais próximos do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia. Os últimos movimentos dos atores políticos goianos fizeram acender a luz amarela no QG de campanha de Mendanha e o sentimento é que o projeto político do ex-emedebista pode estar comprometido. Na semana passada, o até então presidente do PL, Flávio Canedo, deixou a direção do PL e fechou mais uma janela para Gustavo Mendanha, que ainda sonhava com o apoio do partido em Goiás.
No último sábado (07/05), Gustavo Mendanha participou de evento político em Santa Helena de Goiás, cidade do Sudoeste goiano, administrada pelo seu aliado João Alberto Rodrigues, filho do deputado federal Alcides Rodrigues, ambos do Patriota. Segundo quem esteve presente, o evento não empolgou, como esperava o pré-candidato. No palco, as figuras políticas mais expressivas eram o próprio Alcides Rodrigues e o ex-governador Agenor Rezende, do MDB.
Diante do atual cenário, com Major Vitor Hugo conquistando espaço dentro do PL e o Patriota, por imposição do seu presidente, Jorcelino Braga, distante do PSDB de Marconi Perillo, as opções de aliança de Mendanha se limitam apenas aos três pequenos partidos que o acompanham, já que outras legendas, como Republicanos, PP e PSD, estão em conversas muito avançadas com o União Brasil de Ronaldo Caiado.
A cinco meses das eleições, oposicionistas já veem com desconfianças a capacidade de Gustavo Mendanha assumir o protagonismo da oposição em Goiás e disputar com alguma chance de vitória as eleições com o atual governador. Assim, tucanos já sinalizaram que pretendem convocar o ex-governador Marconi Perillo para assumir o desafio de se lançar candidato ao governo de Goiás, mesmo assumindo que o PSDB também esteja isolado no processo. “O Gustavo está cada dia mais isolado. O Marconi, mesmo se ficar isolado, é outra coisa. Ele tem plenas condições de aglutinar lideranças insatisfeitas mas que estão com Caiado por falta de opção”, disse um tucano à coluna Giro, do jornal O Popular.
