Um dos maiores incentivadores da privatização da Celg, com dedicação muito acima da normal para um jornal que, em tese, deveria apenas narrar os fatos, o Jornal Diário da Manhã deve à estatal goiana a bagatela de quase R$ 1 milhão de reais. A dívida diz respeito ao não pagamento do consumo de energia elétrica e se arrasta desde 2012. O Diário da Manhã é um dos muitos devedores da Celg que ajudaram a colocar a empresa goiana nessa situação de penúria, diminuindo seu fluxo de caixa e reduzindo sua capacidade de investimentos.
Em 2010, sob o governo de Alcides Rodrigues, a Celg poderia ter sido recuperada, mas o então governador eleito, Marconi Perillo, boicotou acordo firmado com a Eletrobrás e acabou tendo que ceder 51% das ações da estatal para o Governo Federal. Vista como a salvaguarda do 4º mandato de Perillo à frente do Governo de Goiás, a privatização da Celg enfrenta problemas, já que a avaliação da empresa frustrou as expectativas do Governo.
A companhia goiana foi avaliada em R$ 2,750 bilhões devido “seu fraco perfil de crédito, caracterizado por apresentar alavancagem financeira elevada, significativa concentração de dívida no curto prazo e reduzida posição de liquidez”. Se vendida por esse valor, o Governo de Goiás receberá apenas R$ 1,3 bilhão e o negócio ter-se-á revelado o maior fiasco da história de Goiás.