Sumido há vários dias do cenário político goiano, sobretudo pelo escândalo desbaratado pela Operação Compadrio do Ministério Público, que acabou desarticulando uma quadrilha que agia dentro da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas de Goiás – Agetop, da qual é presidente, Jayme Rincón tenta voltar a normalidade. Aliás, os Deputados de oposição na Assembleia Legislativa de Goiás o aguardam desde 10 de setembro para dar explicações acerca do esquema de corrupção na Agetop.
Longe da Assembleia e de se explicar sobre o esquema que levou seu então diretor de Obras Rodoviárias, José Marco Musse, à prisão, Rincón usou o espaço do Jornal O Popular neste sábado, 10/10, para escrever um artigo cheio de inverdades e sem propósito para atacar o Deputado José Nelto e todo o PMDB goiano.
Intitulado “Vazio Propositivo”, o artigo começa induzindo ao povo goiano ao erro, quando diz “que 70% da dívida consolidada bruta do Estado foram contraídos nos governos do PMDB”. Não é verdade! No ano 2000, portanto há 2 anos do primeiro Governo de Marconi Perillo (PSDB), a dívida consolidada do Estado era de R$ 8,3 bilhões. Em 2014, último ano do terceiro mandato do tucano, a dívida já atingia a cifra de R$ 17,3 bilhões, ou seja: em 15 anos a dívida consolidada do Estado subiu estratosféricos 114%. Nesse período, Perillo conseguiu a espantosa façanha de aumentar a dívida de Goiás em R$ 9,32 bilhões. E o que é mais grave: não há, em todo o Estado, nenhuma obra de infra-estrutura capaz de fazer frente a esse gigantesco aumento.
Vazio como um papo-de-anjo, Rincón, mesmo depois de 16 anos de Governo Tempo Novo em Goiás, culpa o PMDB pelo desmantelo do Estado. A cara-de-pau não tem limites. Mesmo depois de amplamente divulgado que Marconi Perillo, como governador eleito em 2010, boicotou o acordo firmado entre o Governo Alcides Rodrigues e a Eletrobrás, acordo esse que salvaria a Celg, Rincón diz que a Companhia “só não foi à falência graças à atuação do governador Marconi Perillo, que lutou pela celebração de um contrato de recuperação econômico-financeiro viável para a empresa”. Hilário!
A história reserva a gente como Rincón, o cadafalso do ostracismo, senão um futuro sombrio, que se avizinha com o fortalecimento das instituições e o fim do pior Governo da história de Goiás. Jayme Rincón tripudia da boa-fé do goiano e subestima a capacidade de se informar da população de Goiás. Com mais de 156 obras paralisadas em Goiás em sua gestão, A Agetop está prestes a entrar para os anais como um dos órgãos mais corruptos de toda a história do Estado de Goiás. Que credibilidade tem um homem desse?
