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Política

Visando o futuro político do filho, Maguito Vilela critica expulsão de Friboi

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Em entrevista ao Jornal Opção Online, nesta segunda, durante inauguração do Hugol, Maguito Vilela (PMDB), prefeito de Aparecida de Goiânia-Go., criticou a recente expulsão de Júnior Friboi do partido. “Foi um erro, não poderia nunca abrir mão de um quadro tão importante para Goiás, Brasil e o mundo. Eu não aprovo, um ato e um gesto ruim do partido. É um grande goiano que tem relacionamento com o mundo inteiro. Expulsar um quadro desse é demérito para o partido, que não deveria ter agido dessa forma”, avaliou Maguito.

Aquele que Maguito chama de grande goiano chegou ao PMDB pelas mãos da executiva nacional e comportou-se de forma absolutamente contrária aos preceitos estatutários do partido. Não apenas não apoiou o candidato oficial da legenda, Iris Rezende, como fez campanha para o principal adversário, Marconi Perillo (PSDB). Não se compreende, portanto, de que demérito Maguito estaria falando.

Quanto a sua contribuição para Goiás, é público e notório que a família Friboi agiu de forma oportunista e jamais se importou com o Estado e seu povo. Em uma negociação envolta em mistério e contestada pelo Ministério Pùblico, a família Friboi se locupletou de uma remissão fiscal na ordem de R$ 1,2 bilhão concedida pelo Governo de Goiás no apagar das luzes de 2014. Os débitos eram de ICMS apurados e não pagos.

Aquele que Maguito chama de “quadro tão importante para Goiás” deixou o erário goiano R$ 1,2 bilhão mais pobre e várias ações de cunho social deixaram de ser implementadas justamente porque o Estado não recebeu esses créditos. Cinco meses depois de receber esse verdadeiro “presente” do governo goiano, a JBS comprou a inglesa Moy Park por U$ 1,5 bilhão de dólares, tendo pago à vista o equivalente a R$ 1,5 bilhão de reais, praticamente o que foi sonegado aos cofres goianos.

A crítica de Maguito a expulsão de Júnior Friboi do PMDB, no entanto, tem outro motivo. A permanência de Friboi no PMDB faz parte de uma grande estratégia política arquitetada pela ala maguitista do partido, cujo objetivo principal é a candidatura de Daniel Vilela, filho de Maguito, ao governo de Goiás em 2018.

Mantendo Friboi, Maguito garante a continuidade do seu projeto que pretende levar Daniel Vilela a disputa do governo em 2018. Com Friboi no partido, quiçá o comandando, o PMDB deixa de ser oposição ao PSDB e Marconi Perillo, senão apoiador, não criaria obstáculos a eleição do jovem deputado. Faz todo sentido se considerarmos que Perillo precisa, por razões óbvias, de um governador simpático a ele em 2018.

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