Acostumada às mobilizações em defesa do interesse público e contra os desmandos na administração pública, a ativista política, Viviane Mota Freitas, comemorou o recuo do presidente da Câmara Municipal de Goiânia, Anselmo Pereira (PSDB), que voltou atrás e na manhã de hoje, 21/06, arquivou o projeto de Lei, aprovado em primeira votação na Casa, que ampliava o número de vereadores de 35 para 37.
Tão logo soube da iniciativa do presidente do legislativo municipal em ampliar o número de vereadores na capital, Viviane iniciou uma campanha das redes sociais contra esse aumento. Em sua página no facebook, Viviane disse que, ainda que constitucional, o projeto ia na contramão do interesse público e que, embora a direção da Casa negasse, mais dois vereadores na Câmara ensejaria maior dispêndio do município, algo absolutamente impensável num momento de profunda crise por qual passa o País.
“O legislativo municipal tem produzido muito pouco e não será aumentando o número de vereadores que essa produtividade vai aumentar. A Câmara precisa passar por uma profunda mudança na conduta de seus integrantes. O pragmatismo dos senhores vereadores na condução dos serviços legislativos faz com que o trabalho ali realizado fique muito aquém da real necessidade dos cidadãos goianienses”, diz a jovem.
Viviane Mota faz coro ao Promotor de Justiça, Fernando Krebs, que argumenta que a baixa produtividade do parlamento municipal não faz jus ao duodécimo que recebe do município. Ela diz, também, que pretensões estapafúrdias, como essa proposta de Anselmo Pereira, deve-se, sobretudo, às repetidas reeleições dos políticos brasileiros, que passam a enxergar a coisa pública como sendo deles próprios. “Se acham donos das instituições e acabam confundindo seus interesses como sendo os interesses da população. A sistemática renovação das casas legislativas Brasil a fora pode mudar esse quadro de baixa produtividade nos parlamentos das três esferas”, pontua.