Um levantamento recente do Radar do Congresso, ferramenta do portal Congresso em Foco que monitora o comportamento dos parlamentares em votações importantes, revelou que a bancada de senadores de Goiás tem demonstrado significativa sintonia com o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar de discursos eleitorais contrários ao Partido dos Trabalhadores.
O caso que mais chama atenção é o do senador Wilder Morais (PL), que se elegeu com um discurso firmemente opositor à atual gestão petista. No entanto, os dados mostram que Wilder votou alinhado com o governo em 53% das matérias analisadas. O índice revela uma postura mais flexível do senador nas votações, contrastando com suas promessas de campanha e a linha ideológica de seu partido, que se coloca como a principal oposição a Lula.
A proximidade de Wilder com o governo levanta questionamentos sobre seu compromisso com os eleitores que confiaram em uma candidatura baseada na rejeição ao PT. A tendência observada pelo Radar do Congresso sugere que, apesar do discurso contundente nos palanques, a prática política pode seguir caminhos distintos dentro do Parlamento.
Outro destaque do levantamento é o senador Vanderlan Cardoso (PSD), conhecido por sua ligação com a bancada evangélica, que também adotou uma postura mais alinhada ao governo do que o esperado. Ele registrou um índice de 77% de governismo, mesmo com sua base eleitoral apresentando posições críticas à gestão petista.
Por outro lado, o senador Jorge Kajuru (PSB), apoiador declarado de Lula, não surpreendeu ao apresentar o maior índice de governismo entre os representantes goianos, com 90% de alinhamento às diretrizes do governo federal. Kajuru tem sido um defensor de pautas ligadas à gestão petista, consolidando-se como um dos nomes mais fiéis no Senado.
O índice de governismo da ferramenta é calculado a partir das votações do parlamentar que seguiram ou não a orientação do líder do governo. Votos iguais à orientação (sim ou não) aumentam o índice; qualquer opção diferente da orientação (seja sim, não, abstenção ou falta) diminui o índice de governismo.
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