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Política

Rejeição pode derrotar Marconi Perillo em caso de eventual polarização para o Senado

Pesquisas de intenções de voto já divulgadas, a exemplo da Serpes/OPopular, mostram que dois candidatos ao Senado em Goiás vão se destacando na disputa, numa considerável vantagem para os demais. Marconi Perillo e Delegado Waldir lideram os levantamentos e tudo indica que vão polarizar a disputa

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Os últimos levantamentos de intenções de voto para o Senado em Goiás mostram que a disputa pode, eventualmente, se tornar polarizada entre o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) e o deputado Delegado Waldir (UB). A última pesquisa Serpes/OPopular, por exemplo, divulgada no último dia 21, mostra que ambos se destacam na corrida para a Câmara Alta, bem à frente dos outros oito candidatos ao cargo.

De acordo com a pesquisa, Marconi Perillo lidera com 24,7% das intenções de voto, seguido por Delegado Waldir, que tem 15,4%. Em terceiro lugar aparece o candidato do Republicanos, o deputado João Campos, com 6%. Em seguida vêm Wilder Morais (PL), com 4,7%; Wilmar Rocha com 3,6%; Alexandre Baldy (PP) com 2,5%; Denise Carvalho (PT) com 2,4%; Leonardo Rizzo (Novo) com 2%; Antônio Carlos da Paixão (PCO) com 1,4% e, por fim, Manu Jacob (PSOL) com 1,1%. Brancos e Nulos, somados a Não Sabem, somam 36,2% dos votos.

Embora a campanha tenha apenas começado, restando ainda cerca de 40 dias para as eleições, e com a campanha no rádio e TV ainda para se iniciar, o cenário mostra que pode haver uma polarização na disputa, que envolveria os dois melhores colocados na pesquisa, por motivos conjunturais e circunstanciais, avaliam analistas políticos.

Quanto a Marconi Perillo, no primeiro ponto, indicado como positivo, existe o fato do tucano ser muito conhecido dos eleitores goianos, possuir bases políticas nas diversas regiões do Estado e apoio de vários prefeitos e ex-prefeitos do interior goiano. No segundo, aí negativo, pesa contra Marconi Perillo a maior rejeição entre todos os candidatos – 23,7% dos eleitores disseram que não votam nele de jeito nenhum – e um passivo jurídico/administrativo que ainda não foi totalmente superado pelo candidato. Além disso, Marconi faz campanha sozinho, já que o PSDB não tem candidato ao governo e nem fez coligação para esse cargo majoritário.

Já Delegado Waldir, dizem os mesmos analistas, embora candidato isolado da base governista, está, de qualquer forma, aliado da estrutura de campanha da coligação majoritária “Pra Seguir em Frente”, do governador e candidato à reeleição Ronaldo Caiado, e tem o histórico de ter sido o deputado federal mais votado de Goiás em duas eleições consecutivas, 2014 e 2018. Waldir conta com o apoio de prefeitos e de candidatos proporcionais do seu partido, o União Brasil. Sua rejeição, de acordo com a pesquisa Serpes, é de 11,2%, bem abaixo da experimentada pelo tucano, o que implica dizer que não terá empecilhos para crescer ao longo da campanha.

Nada ainda é discutido ou falado no núcleo de campanha governista, mas a expectativa entre quem discute a política em Goiás é que até meados de setembro, no máximo, é possível que os três candidatos ao Senado da base acabem se unindo em torno do nome melhor colocado nas pesquisas para evitarem a vitória do tucano. A avaliação é que se forçarem uma polarização entre Marconi Perillo e o candidato da base, principalmente se for Delegado Waldir, são grandes as chances de vitória, principalmente pela rejeição de Marconi.

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