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Política

Folha de São Paulo se equivoca sobre fila de cirurgias eletivas na rede estadual de Saúde de Goiás

Matéria publicada pelo jornal afirma que Goiás teria 125.894 procedimentos aguardando em fila, respondendo por 12% do número de cirurgias em espera em todo o país, quando, na verdade, a fila de cirurgias eletivas na rede estadual de saúde é de 14.456 procedimentos. “O que Goiás fez, que nenhum outro estado fez, foi unificar a soma das demandas de todos os 246 municípios goianos aos da rede estadual”, diz o secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio

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Goiás é o único estado que unificou a soma das demandas de cirurgias eletivas de todos os 246 municípios goianos aos da rede estadual

Matéria publicada pelo jornal Folha de São Paulo, no último dia 29 de julho, intitulada “Com maior fila de cirurgias eletivas, Goiás tenta reverter cenário crítico”, mostra-se equivocada ao colocar o Estado de Goiás como o ente da federação que detém a maior fila de cirurgias eletivas do país. Segundo o jornal, Goiás responderia por 12% do total, com 125.894 procedimentos na fila. Na verdade, porém, o estado foi o único a fornecer um número unificado com a soma das demandas de todos os 246 municípios goianos aos da rede estadual e, somente por esse motivo, o número de pacientes informado pelo Ministério da Saúde é maior que os demais estados da federação. “Nós não temos a maior fila. Nós temos a única fila organizada”, explica o secretário de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio.

A explicação do secretário é corroborada por representantes do próprio Ministério da Saúde, que estiveram em Goiás no mês passado para conhecer o sistema que unificou as filas de espera. Durante a visita, realizada no dia 13 de julho, o diretor de Regulação Assistencial da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Amilcar Salgado, chancelou o projeto estadual. “Goiás tem a fila totalmente identificada e a razão dela parecer maior é porque os outros estados não conseguiram identificar as filas em sua totalidade”. Ainda segundo ele, Goiás será o primeiro a se conectar e compartilhar dados com o governo federal por meio da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

De acordo com Sérgio Vencio, além da organização de uma fila única, Goiás foi o segundo estado que mais realizou cirurgias eletivas dentro do Programa Nacional de Redução das Filas de Cirurgias Eletivas (PNRF) em março e abril deste ano. No período, foram atendidos 2.750 pacientes. Na proporção entre a quantidade de procedimentos previstos e o total executado, foi o sexto com maior percentual de redução na fila. Nos dois meses, foram apenas 17 estados executantes.

“Importante ressaltar que além do programa federal, Goiás realiza em sua rede própria assistencial uma média de 4,7 mil cirurgias eletivas mensalmente. E aportou, como fortalecimento a este programa, R$ 20 milhões a fim de que os municípios possam realizar mais procedimentos cirúrgicos”, completa Vencio.

Desde a liberação das cirurgias eletivas, após a pandemia da Covid-19, quando os procedimentos foram suspensos no país, as unidades do Governo de Goiás realizaram 71.109 procedimentos cirúrgicos eletivos, média de 5 mil mensais. Apenas em 2023, já são 30.088. Os números refletem uma das prioridades do Governo de Goiás, que é a redução da fila de cirurgias eletivas. Atualmente, nas unidades estaduais, a fila de espera é de 14.456 eletivas.

Os resultados foram possíveis devido à incorporação de novas tecnologias, ampliação de controle e transparência e aumento do aporte financeiro. A ampliação da rede também permitiu que mais cirurgias fossem realizadas. Em 2020, os hospitais de Luziânia, Formosa, São Luís de Montes Belos, Itumbiara e Jataí foram estadualizados e dois novos hospitais entregues – o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN), em Uruaçu; e o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad), em Goiânia.

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