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Política

Violência em Goiás atinge níveis insuportáveis e não pode mais ser
ignorada pela grande imprensa.

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A violência em Goiás e, principalmente, em Goiânia atingiu níveis insuportáveis. A situação é de horror e os números não deixam dúvidas que vivemos um quadro de genocídio. Diante disso, o jornal O Popular começou a veicular hoje, 10/02, uma série de cinco reportagens sobre a criminalidade no Estado. “Até domingo, os reflexos deste flagelo serão esmiuçados, como a tensão que toma conta da rotina dos policiais, as estatísticas de segurança passíveis de contágio político e o que foi e ainda precisa ser feito para minimizar o problema”, diz o maior jornal do estado.

Os números são mesmo de assustar: nos últimos cinco anos foram registrados 12.219 homicídios em Goiás e outras 476 pessoas foram vítimas de latrocínio. Os registros de roubos e furtos são astronômicos. Entre as vítimas de homicídios estão policiais civis e militares. Nos últimos 10 dias, três policiais, sendo um civil e dois militares, foram mortos por bandidos em tentativas de assaltos.

A violência em Goiás vem crescendo sistematicamente desde que Marconi Perillo (PSDB) assumiu o governo, em 1999. De lá pra cá o número de homicídios por cada grupo de 100 mil habitantes cresceu 230%. Em 1998 o estado era apenas o 18º mais violento do país e hoje ocupa a 5ª posição. Goiânia, pelo quarto ano consecutivo, figura entre as 30 cidades mais violenta do mundo, com uma taxa de homicídios de 43,38 mortes por cada 100 mil moradores.

O Governo goiano alega que tem investido pesado na segurança pública, inclusive num percentual maior do que na própria saúde. A realidade, no entanto, não se mostra favorável a essa versão. O efetivo da polícia militar, hoje, é ligeiramente menor do que o de 16 anos atrás e nesse período a população do estado cresceu 30%. Em 1998 a corporação tinha cerca de 13 mil policiais e hoje conta com pouco mais de 12 mil. Na proporção de PMs por moradores, Goiás é o 7º pior do Brasil, com 1 policial miliar para 502 habitantes. No caso da Polícia Civil a situação é ainda pior. A instituição, que em 1998 tinha 6.000 servidores, hoje tem apenas 3,2 mil e a estrutura é a pior possível.

A iniciativa do Jornal O Popular é mais uma esperança da população amedrontada. Espera-se que, com a divulgação dos números e do drama de quem já viveu na pele essa violência, as autoridades se movam, encarem a realidade e tomem iniciativas para amenizar o problema.

 

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