Mais de 350 mil usuários do transporte coletivo operado pelo Governo do Estado no principal corredor da região metropolitana de Goiânia, o chamado Eixo-Anhanguera, serão prejudicados pela pretensão de Marconi Perillo (PSDB), governador do estado, de retirar o subsídio que concede descontos de 50% no valor da passagem do eixo.
A intenção da METROBUS, empresa de economia mista que detém a concessão da exploração do sistema, é criar um cadastro de usuários de baixa renda que terão direito a um cartão de meia passagem para ser usado no eixo-anhanguera. Na prática isso representa o fim do subsídio. Sem o desconto os usuários seriam obrigados a pagar os mesmos R$ 3,30 pela passagem, o que representa um aumento de 100% no orçamento dessas famílias, a grande maioria de baixa renda.
O contrato de concessão que permite a exploração do eixo pela Metrobus foi renovado em 2011 e tem prazo de validade de 20 anos, prorrogáveis por mais 20. O subsídios é dado pelo governo do estado há mais de 10 anos. Hoje o usuário que utiliza o serviço do eixo anhanguera gasta em média R$ 79,20 por mês. Com o fim do desconto os gastos subirão para R$ 158,20, algo que não será suportado pela grande maioria dos cidadãos moradores da região metropolitana de Goiânia que utilizam esse transporte.
Esse é mais um grande desserviço que Marconi Perillo presta ao cidadão. Em março desse ano o custo da passagem de todo o transporte coletivo chegou a R$ 3,30 e a alegação das empresas que operam o transporte em Goiânia e região metropolitana foi de que a majoração devia, sobretudo, ao não cumprimento, por parte do governo estadual, do acordo afirmado em abril de 2014, que visava o pagamento de 50%, por parte do estado, do valor referente a gratuidade do sistema, composto pelo passe livre estudantil, idosos, deficientes e policiais fardados. As empresas alegaram que o prejuízo por falta de pagamento do estado chegava a mais de R$ 40 milhões em março de 2015. Retirar o subsídio do eixo-anhanguera é mais um pacote de maldade do governo de Perillo.