A política do “quanto pior, melhor” continua em voga em Goiás. Com o intuito de inviabilizar a reforma da previdência estadual e também do novo estatuto dos servidores civis do Estado, o deputado estadual Cláudio Meirelles (PTC), apoiado por outros oposicionistas, foi à justiça e conseguiu liminar suspendendo os efeitos de todas as matérias votadas e aprovadas nas sessões extraordinárias ocorridas na Assembleia Legislativa do Estado no ano passado.
Entre as leis que, segundo o deputado, estariam com efeitos suspensos em virtude de liminares conseguidas na justiça, estão os Estatutos do Servidor e do Magistério, a PEC da Previdência e projetos tributários, como o referente ao Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege). O deputado alega que não foram cumpridos os prazos regimentais para que as matérias fossem aprovadas em plenário. O presidente da Casa, deputado Lissauer Vieira (PSB), nega que tenha havido atropelo ao regimento.
A tentativa de Meirelles, e da oposição ao governo Caiado como um todo, é inviabilizar as medidas adotadas como prioridades para o enfrentamento da crise que assola o Estado e que possam permitir que o atual Governo prossiga na recuperação das finanças públicas, que foram deterioradas pelo governo de Marconi Perillo.
Com rombos de quase R$ 3 bilhões por ano, a reforma da previdência é tida como imprescindível pelo Governo para que o Tesouro Estadual tenha condições de continuar honrando os compromissos com custeio, inclusive com o próprio pagamento da folha de ativos e inativos.