O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP/AL), disse hoje (16/01) que todos que praticaram e contribuíram para que os atos de terrorismo contra a sede do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, ocorresse devem responder “severamente pelos seus atos”. Segundo Lira, ainda que tenha apoiado Bolsonaro nas últimas eleições, eles são duas pessoas distintas.
“O meu CPF é um. O do (ex-) presidente é outro. Nossa fala não muda: Todos que praticaram e contribuíram para esses atos de vandalismo devem ser severamente punidos”, afirmou.
Lira, que deve ser reconduzido à cadeira de presidente da Câmara para o biênio 2023-2024, também prometeu investigar a conduta de todos os parlamentares eleitos e reeleitos que contribuíram, diretamente ou indiretamente, para que os atos antidemocráticos e golpistas ocorressem. Segundo ele, serão responsabilizados, inclusive, aqueles que propagaram mentiras sobre os atentados e que insistiram em negar a gravidade das agressões sofridas pelos Três Poderes.
“Todos que tiverem responsabilidade vão responder. Inclusive parlamentares que andam difamando e mentindo, com vídeo, dizendo que praticamente houve inverdades nas agressões que a Câmara dos Deputados sofreu em seu prédio. Então esses deputados serão chamados à responsabilidade, porque todos viram.”
Ainda na manhã desta segunda-feira, Lira esteve com o procurador-geral da República, Augusto Aras. Ele entregou ao PGR uma notícia-crime com informações a respeito da invasão e depredação do prédio da Câmara dos Deputados por bolsonaristas radicais. A representação entregue por Lira será analisada por um grupo criado pela PGR para apurar os crimes cometidos no episódio.
Fonte: UOL/G1