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Política

Adriano do Baldy faz coro com Caiado em defesa da democracia e indica distanciamento de Bolsonaro

Deputado federal reeleito pelo Progressistas, dirigido em Goiás pelo ex-deputado Alexandre Baldy, afirmou não ter dúvidas de que Goiás continuará avançando neste segundo mandato de Ronaldo Caiado

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Adriano do Baldy (PP), deputado federal reeleito, criticou os atos antidemocráticos em Brasília e disse que repudia qualquer ato que desrespeite a Constituição

O deputado federal Adriano do Baldy (PP), reeleito para seu segundo mandato, fez coro às palavras do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), na defesa da democracia brasileira e criticou os atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília no último dia 8 de janeiro. Segundo Adriano, as ações, consideradas de terrorismo político por especialistas e imprensa em geral, expuseram o Brasil de forma vexatória no campo internacional e atentaram, sem dúvidas, contra o estado democrático de direito.

“Foi uma exposição do Brasil a nível internacional que nos expôs, expôs a democracia, a constituição, o respeito às instituições. A democracia nos dá a liberdade de expressão, mas nós precisamos respeitar os limites das autoridades constituídas. Devemos seguir a nossa constituição”, disse em entrevista ao Jackson Abrão Entrevista, quadro do jornal O Popular, que foi ao ar na manhã desta segunda-feira (16/01).

Na entrevista, o deputado lembrou que, mesmo não sendo eleito na coligação de Ronaldo Caiado em 2018, desde então, no entanto, assim que terminou a eleição daquele ano, assumiu com o governador o compromisso de atuar ao seu lado pelos interesses do Estado de Goiás. Para Baldy, Caiado transformou a realidade de Goiás, reequilibrou as contas públicas e colocou o estado nos trilhos do desenvolvimento. “Não tenho dúvidas de que Goiás continuará avançando ainda mais nestes próximos quatro anos”, avaliou.

Relação do PP com o governo Caiado

Adriano disse que vai trabalhar junto ao governo federal nas pautas de interesse do Governo de Goiás, principalmente naquelas de habitação e infraestrutura. Ele lembrou que integrou a Comissão de Desenvolvimento Urbano na Câmara, e que o governo que se encerrou não construiu casas populares em Goiás, bandeira que ele pretende defender a partir de agora. Outras pautas que o deputado elegeu como prioridades diz respeito ao anel viário de Goiânia e a solução das concessões das BRs que cortam o Estado.

Quanto à relação política com Caiado, Adriano do Baldy disse não ter dúvidas de que o PP, liderado pelo ex-deputado e ex-ministro das Cidades, Alexandre Baldy, vai continuar ao lado de Ronaldo Caiado, sobretudo auxiliando o governador na sua vitoriosa gestão. Atualmente, o PP comanda a Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços do Governo de Goiás, que tem como titular o irmão do presidente do PP, Joel Santana Braga.

Alexandre Baldy disputou as últimas eleições para senador da República como candidato avulso da chapa majoritária de Ronaldo Caiado, sendo o quarto mais votado, com 12,84% dos votos válidos. Nos bastidores, é dada como certa a participação do PP no novo governo Caiado, mas não se sabe qual a pasta que o partido comandará a partir de fevereiro. Adriano lembrou, ainda, que o Progressistas tem projeto para a eleição municipal em Goiânia, em 2024, e que já teria, inclusive, iniciado conversas com lideranças que possam colocar o nome como pré-candidato a prefeito da capital.

Apoio a Bolsonaro

Sobre o apoio do PP a um possível projeto eleitoral do ex-presidente Jair Bolsonaro, caso ele consiga manter sua elegibilidade, Adriano disse que não poderia falar em nome do partido, mas avaliou que não é possível envidar qualquer apoio a um projeto para daqui a quatro anos, quando, no seu entendimento, a realidade política do país poderá ser completamente diversa da atual. Adiantou, inclusive, que há grande possibilidade do PP decidir por integrar a base do governo Lula.

Quanto ao seu apoio individual neste momento a Jair Bolsonaro, Adriano do Baldy ratificou sua posição de defesa das instituições e da democracia, mas não responsabilizou nominalmente o ex-presidente pelos episódios de insurreição vistos no Brasil desde o fim do 2º turno da eleição presidencial, quando foi eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, presidente do Brasil.

“Não se trata de apoiar ou deixar de apoiar. Eu repudio qualquer tipo de ato que gera violência, vandalismo e que desrespeite a constituição. Foi a constituição que me deu a oportunidade de ser deputado federal e de ser reeleito agora em 2022. Esse negócio de apoiar ou deixar de apoiar é relativo, porque nós não temos eleições agora, e nós não podemos apoiar nenhum tipo de golpe. Sou contra golpe, sou contra ferir os Três Poderes”, frisou.

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