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Cidades

Professor da UFG busca voluntárias para estudo da dor pélvica crônica

Objetivo da pesquisa é mostrar o efeito da constelação familiar na qualidade de vida, ansiedade, depressão, resiliência e na intensidade da dor de mulheres com dor pélvica crônica

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José Miguel de Deus é médico do Hospital das Clínicas e professor titular doutor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina-UFG

O médico do Hospital da Clínicas, José Miguel de Deus, professor titular doutor do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG), busca mulheres voluntárias para estudo da dor pélvica crônica e como esse mal, que  acomete entre 11,5% e 19% das mulheres brasileiras, conforme apontam estudos de prevalência, pode ser amenizado e tratado a partir da ‘constelação familiar’, um tipo de terapia integrativa em que a paciente revisa todas as situações familiares que moldaram seu estágio atual de vida.

José Miguel pretende, a partir do seu estudo, que é inédito e cujo projeto de pesquisa já está aprovado no Comitê de Ética em Pesquisas do Hospital das Clínicas, e também na Rede Brasileira de Ensaios Controlados (Rebec), apontar o efeito da constelação familiar na qualidade de vida, ansiedade, depressão, resiliência e na intensidade da dor de mulheres com dor pélvica crônica. Segundo cálculo amostral, o estudo deve ser conduzido com 88 mulheres, onde metade delas será submetida ao tratamento habitual, que envolve remédios e até cirurgias, e a outra metade ao tratamento habitual e à constelação familiar.

O pesquisador explica que as mulheres acometidas desse mal sentem os sintomas da doença em média há sete anos e, numa escala de dor de zero a 10, onde zero é dor nenhuma e 10 a pior dor da vida, a sensação da dor pélvica crônica chega a 8. Segundo o professor, embora a dor pélvica também atinja homens, por sua condição de médico ginecologista, o estudo será feito apenas com mulheres. O objetivo da pesquisa é o de contribuir com ferramentas novas para poder ajudar a população de mulheres que sofrem com a doença.

“A dor pélvica crônica é uma doença de tratamento difícil, área em que a medicina avançou pouco ao longo dos anos. Então, a ideia do estudo é contribuir para a ciência nesse sentido, de buscar ferramentas novas, novos instrumentos que sejam capazes de ajudar as mulheres que sofrem com essa doença”, frisa.

José Miguel explica que podem participar da pesquisa mulheres a partir de 18 anos de idade diagnosticadas com dor pélvica crônica, com exceção das mulheres grávidas ou que estiveram gestantes nos últimos 12 meses e/ou que estão em tratamento de câncer. O professor lembra, ainda, que mulheres que sofram de endometriose, outra doença comum ao público feminino, e que se relaciona com a dor pélvica crônica, também podem participar do estudo, desde que estejam sentindo a dor, já que muitas portadoras da endometriose não sentem dores. Para se candidatar como voluntária, basta a pessoa ligar para o número (62)-99975-1988 ou (62)-98156-8779. São telefones e WhatsApp.

Por fim, o médico informa que, além da pesquisa que está em fase de recrutamento do público alvo, também desenvolve, desde 2006, um projeto de extensão na Faculdade de Medicina da UFG, no setor Leste Universitário, em Goiânia, denominado “Constelação Familiar”, aberto à comunidade. Os encontros ocorrem todo segundo sábado de cada mês, das 8h às 13h.

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