O governador de Goiás e pré-candidato à presidência da República em 2026, Ronaldo Caiado (UB), tem manifestado preocupação com o que considera um grave comprometimento da governabilidade no Brasil. Segundo ele, o país vive um processo de “destruição do presidencialismo”, em que os princípios estabelecidos pela Constituição Federal estão sendo sistematicamente enfraquecidos.
Caiado aponta que o Executivo federal vem perdendo sua prerrogativa central: a de executar o orçamento conforme o plano de governo aprovado nas urnas. Para ele, o Congresso Nacional, ao ampliar de forma desmedida sua influência sobre a destinação de recursos, vem usurpando competências que são próprias do presidente da República. Em sua avaliação, o papel constitucional do Legislativo é claro: aprovar e fiscalizar o Orçamento, além de legislar.
No entanto, ao assumir controle sobre emendas e repasses de verbas que deveriam seguir diretrizes do Executivo, deputados e senadores estariam minando a capacidade do presidente de implementar sua agenda.
“O plano de governo é do presidente”, afirma Caiado. “Agora, não é o parlamentar que vai decidir que vai repassar o dinheiro, que é discricionário, que está no plano de governo, para fazer o que ele acha que deve fazer no município. Isso aí é insustentável”. O alerta de Caiado revela sua intenção de pautar a campanha de 2026 em torno da recuperação do equilíbrio entre os poderes e da reafirmação do presidencialismo como forma legítima de governo.
Ausência de liderança presidencial forte
Ronaldo Caiado, em crítica direta ao governo do presidente Lula, sugere que a ausência de uma liderança presidencial forte cria um vácuo institucional, permitindo que outros poderes avancem sobre as competências do Executivo, gerando desequilíbrio e insegurança política. Para o goiano, o poder do Brasil está fragmentado, e isso enfraquece o Executivo frente ao protagonismo do Congresso e do STF.
Emendas parlamentares fragiliza autoridade do presidente
Segundo Caiado, a dinâmica adotada pelo Congresso Nacional para a liberação de recursos através das emendas parlamentares tem fragilizado a autoridade do presidente da República e destruído o presidencialismo. “Eu fui deputado federal e senador, com R$ 15,5 milhões de emendas por ano, sem serem impositivas. Hoje, o parlamentar de baixo clero tem R$ 100 milhões. Senador tem R$ 300 milhões”, declarou.
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