A Secretária da Educação, Cultura e Esporte do Estado de Goiás, Professora Raquel Teixeira, cometeu um ato de “sincericídio” em entrevista concedida em abril de 2015 sobre o famigerado projeto do Governo de Goiás em transferir para as Organizações Sociais a gestão da educação pública em Goiás.
Perguntada sobre as diferenças entre as características das Parcerias Público Privada – PPP e as Organizações Sociais que devem comandar a educação no estado, Raquel Teixeira foi direta: “olha, na PPP há uma explicitação do lucro. PPP tem lucro, é a parceria público privada e fica claro qual o lucro. A OS é aquela coisa embutida, não há uma explicitação do lucro, a gente sabe que ele existe, mas não é…”, disse a Secretária em meio a um sorriso irônico, como quem soubesse que as Organizações Sociais não passam, na realidade, de grandes negócios lucrativos.
Para a titular da Seduce, falta transparência na gestão das Organizações Sociais e que por isso mesmo ela prefere as parcerias público-privada (PPP). Na época da entrevista era público e notório a resistência da secretária em adotar o modelo pretendido pelo governador Marconi Perillo, tanto que Raquel Teixeira começou a ser pressionada pelos governistas a assumir o projeto ou deixar a Secretaria. Em áudio que rodou as redes sociais, Raquel desabafou sobre a pressão que sofria e chegou a confessar que se sentia “bucha de canhão” do Governo Marconi Perillo.
A agora insistência de Raquel Teixeira em querer implantar a gestão compartilhada, como chamam a gestão por OSs na educação pública do Estado, a faz cúmplice de um negócio que ela mesma negou o tempo todo, justamente porque tem ressalvas quanto aos interesses que permeiam as tais Organizações Sociais. O tempo, senhor de todas as razões, julgará a pusilanimidade daquela que já foi considerada uma sumidade em educação pública no Estado de Goiás.
Assistam o vídeo da entrevista clicando aqui