Problemas com a justiça podem impedir o tucano de levar adiante o seu projeto de retorno à política goiana. Desde que perdeu a eleição para o Senado, em 2018, e depois de ter sido preso pela Polícia Federal no âmbito da Operação Cash Delivery, acusado dos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Marconi Perillo se estabeleceu em São Paulo e vinha evitando aparecer em eventos políticos em Goiás.
Além de responder a mais de 30 ações de improbidade administrativa na justiça goiana, Perillo foi recentemente condenado em primeira instância por crime de caixa 2 nas eleições para o Senado em 2006. Se confirmada essa sentença em segundo grau, o tucano que governou Goiás por quatro mandatos pode ficar inelegível por até 9 anos e 8 meses.
Outra pendência que pode resultar em inelegibilidade para Marconi Perillo diz respeito ao parecer do Tribunal de Contas do Estado de Goiás exarado na apreciação das contas de governo do tucano referente a 2018. O plenário do TCE-GO recomendou à Assembleia Legislativa de Goiás a rejeição das contas de Perillo em virtude de uma série de irregularidades, o que resultou ao final daquele ano num déficit nas contas públicas superior a R$ 7 bilhões.
Acesse links das matérias que citam Marconi réu
1 – Ação Penal, acusado de Corrupção Passiva por, supostamente, ter recebido R$ 90 de propinas da Delta Constutora
2 – Ação Penal, acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa, por suposto recebimento de propina de R$ 17,8 milhões da Odebrecht
3 – Condenado a 1 ano e 8 meses de detenção em primeira instância em ação criminal que apura a prática de caixa 2 nas eleições para o Senado, em 2006
4 – Acionado por improbidade administrativa pela não aplicação do mínimo constitucional da Saúde no período de 2014 a 2017. Leia aqui a decisão que bloqueou R$ 553 milhões do tucano, cuja constrição permanece até hoje.
5 –Acionado por improbidade administrativa por suposta irregularidade na concessão de perdão fiscal de quase R$ 1 bilhão à JBS/Friboi em 2014.
6 – Ao final do ano de 2019, o MP-GO impetrou 21 ações de improbidade contra Marconi Perillo por supostas irregularidades na concessão de incentivos fiscais. Ao todo, o tucano responde a mais de 30 ações, que juntas pedem que ele devolva R$ 12,3 bilhões ao erário.
7 – Em junho de 2019, o plenário do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) aprovou parecer pela rejeição das contas de governo de Marconi Perillo e José Eliton. Os conselheiros apontaram rombo de quase R$ 7 bilhões nas contas públicas.