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Política

Henrique Meirelles, pré-candidato ao Senado por Goiás, critica política econômica de Paulo Guedes e nega volta ao Governo Federal

Meirelles foi também ministro da Fazenda do Governo Temer, no período de maio de 2016 a abril de 2018, e na sua gestão foi aprovado o teto de gastos, um novo regime fiscal que limita o crescimento das despesas do Governo por 20 anos. De acordo com a regra do teto de gastos, as despesas do ano seguinte estão limitadas às despesas do ano anterior corrigidas pelo IPCA. A medida foi quebrada pelo governo Bolsonaro para garantir recursos para pagamento do Auxílio Brasil, programa substituto do Bolsa Família

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O ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD), que trabalha para viabilizar sua candidatura ao Senado por Goiás, negou, mais uma vez, a hipótese de voltar ao Governo Federal em caso de uma possível vitória do ex-presidente Lula nas eleições de 2022. Meirelles foi, por oito anos, presidente do Banco Central do Brasil nos dois mandatos do petista, entre 2003 e 2010, época em que o país alcançou os melhores índices econômicos das últimas duas décadas.

Para Meirelles, a experiência que adquiriu ao longo dos anos não o permite trabalhar com hipóteses e por isso não perde tempo pensando em como poderia ser isso ou aquilo. “Eu me dedico a tomar decisões objetivas. Portanto, o negócio é não perder tempo com decisões sobre questões hipotéticas”, disse em entrevista à coluna Painel S.A, da jornalista Joana Cunha.

Existe, em Goiás, essa dúvida quanto à possibilidade de Henrique Meirelles, em sendo eleito para o Senado, renunciar ao mandato para ocupar um cargo na equipe econômica do próximo governo, como aconteceu em 2002, quando foi eleito o deputado federal mais votado do estado e renunciou antes mesmo de assumir o mandato na Câmara dos Deputados para ser o presidente do Banco Central do governo Lula.

Sobre isso, Meirelles pontua que, embora o Estado de Goiás tenha sido extremamente beneficiado com o seu trabalho à frente da política monetária brasileira no período em que esteve no Banco Central, não há, agora, a mínima possibilidade de deixar o cargo de senador, se eventualmente eleito, já que está convicto de que poderá contribuir sobremaneira com os interesses de Goiás e do Brasil na Câmara Alta, haja vista toda a sua experiência na área econômica.

Sobre economia, Meirelles disse que Paulo Guedes, atual ministro da Economia, tem um grande problema com o Congresso, que é a falta de diálogo. Isso, diz o ex-presidente do Banco Central, acabou contribuindo para os péssimos resultados da economia brasileira.

“O que existe, de fato, é uma situação em que a economia brasileira vai mal. Caiu 4,1% no ano passado, apesar de todo o auxílio emergencial etc. E esse ano tem um crescimento previsto que deve praticamente apenas compensar o que caiu em 2020, e vamos chegar ao fim do ano em um nível, digamos, talvez, cerca de 1%, no máximo, superior ao nível do início da crise da pandemia”, previu.

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