Nos bastidores da política, é senso comum que o MDB goiano vai insistir para que a advogada e empresária Ana Paula Rezende, filha do ex-prefeito e ex-governador de Goiás, Iris Rezende Machado, aceite o desafio de disputar a prefeitura de Goiânia nas eleições do ano que vem. Segundo aliados, Ana Paula é tida hoje como o único nome do partido capaz de unir a base do governador Ronaldo Caiado, com apoio do próprio Caiado, e que representa a candidatura em torno da qual é possível a construção de projeto viável do ponto de vista político e eleitoral, capaz de levar o MDB de volta ao Paço em 2025.
Correligionários de Ana Paula não escondem que o outro nome do partido seria o de Gustavo Mendanha, ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, que está de volta ao MDB. No entanto, Mendanha se esbarra na vedação imposta pela legislação e não poderá concorrer ao próximo pleito municipal. Embora o ex-prefeito tenha anunciado que fará consulta ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o objetivo de buscar viabilidade jurídica para disputar as próximas eleições, especialistas em direito eleitoral avaliam que a chance dele ter uma resposta positiva do tribunal é praticamente zero, e é com essa hipótese que a cúpula do MDB trabalha, dizem aliados.
Presidente da legenda em Goiás, o vice-governador Daniel Vilela tem se mostrado um entusiasta da candidatura de Ana Paula Rezende e não esconde o desejo de contar com ela para a disputa municipal em Goiânia no ano que vem. Recentemente, em evento do MDB Mulher, em Goiânia, quando o segmento feminino fez um movimento de apoio e apelo à candidatura da filha de Iris Rezende, Daniel discursou reafirmando que a legenda conta com Ana Paula, e disse que o MDB vai aguardar que ela decida. “Caso ela tome a decisão de concorrer, todos nós estaremos ao seu lado”, frisou.
Ana Paula, no entanto, ainda não se manifestou publicamente sobre a decisão de concorrer ao pleito de 2024, embora tenha reforçado que gosta da política e que pretende continuar fazendo parte dela, com o objetivo maior de preservar o legado do pai e sua história, além de contribuir com o MDB, partido no qual Iris Rezende esteve filiado por quase 60 anos. Para a emedebista, ela e Daniel Vilela têm uma responsabilidade muito grande, que é levar o legado e a história dos seus pais adiante, “para que as futuras gerações conheçam os políticos que fizeram a política na sua verdadeira essência”, explica.
