Acompanhei de muito perto o intenso trabalho do ex-prefeito de Goiânia, o saudoso Iris Rezende, para reequilibrar as contas públicas da capital, que estavam completamente deterioradas quando o emedebista assumiu a gestão municipal, em janeiro de 2017. Iris recebeu a Prefeitura com um rombo que somava perto de R$ 1 bilhão e um déficit mensal de cerca de R$ 31 milhões, mais ou menos 8% da receita total. Era como se você administrasse um negócio que todo mês as despesas superavam as receitas em 8%. Naquela oportunidade, o prefeito recém eleito encontrou as finanças públicas desorganizadas e uma folha de pagamento do pessoal da saúde, cerca de R$ 45 milhões, em aberto.
Iris levou dois anos de muito trabalho para reequilibrar as contas da prefeitura e retomar os investimentos. A avaliação positiva do seu governo caiu, porque as ações visíveis à população eram poucas. Os boatos corriam a mancheias, alguns, muito maldosos, anunciavam que o prefeito estaria doente. Com muita responsabilidade, Iris deu a volta por cima. Reequilibrou as contas, passou a pagar a folha dentro do mês trabalhado, elevou a nota de Goiânia de C para A no Capag da Secretaria do Tesouro Nacional e a capital virou referência mundial em gestão fiscal. Goiânia, naquela gestão, experimentou o maior volume de investimentos da sua história recente. Iris optou por não concorrer à reeleição e deixou a prefeitura com aprovação superior a 75%.
Essa história se repete na esfera estadual. Em 2019, Ronaldo Caiado assumiu um governo em frangalhos e um rombo de caixa atestado pelo TCE-GO que superava R$ 7 bilhões. Proporcionalmente, o rombo era ainda maior do que aquele enfrentado por Iris Rezende na Prefeitura de Goiânia. O déficit que Caiado encontrou representava cerca de 30% da receita total do estado. Haviam quase duas folhas de pagamento em aberto. Naquele ano, Caiado pagou 14 folhas e meia, algo que entra para a história de Goiás como um feito jamais conquistado por outro gestor.
Se a situação já era difícil em tempos normais, a tarefa de Ronaldo Caiado ganhou ares hercúleo com o advento da pandemia do novo coronavírus, que chegou a Goiás no início de abril de 2020, segundo ano da gestão. Com o compromisso de salvar Goiás, mas, principalmente, salvar vidas, Caiado operou como médico e como gestor. A implantação do compliance público marcou o fim de uma era de corrupção e má gestão. Ao estancar a corrupção que sangrou os cofres públicos, Caiado conseguiu, já no primeiro ano, quebrar a série histórica de déficits orçamentários que pressionavam as finanças públicas desde 2012. Com responsabilidade, a gestão Caiado renegociou as dívidas e conseguiu reequilibrar as contas públicas, fechando 2021 como o 5º estado com o maior volume de investimentos do Brasil. Goiás, que estava absolutamente quebrado em 2018, chegou ao final de 2021 somando R$ 4,7 bilhões em investimentos.
Goiás entrou nos eixos, graças à disposição, responsabilidade e seriedade da gestão Caiado. A população já sente as mudanças, como a queda nos índices de violência no Estado, a regionalização da saúde, os investimentos em educação, a implantação de programas sociais para os mais vulneráveis, o pagamento do piso nacional dos professores e os servidores tiveram, agora em março, o primeiro data-base depois de sete anos. A regularidade das boas práticas administrativas que Goiás hoje experimenta é o que vai garantir a continuidade dos benefícios para a população e para os servidores. Os que representam o retrocesso não desistem, mas o povo goiano há de rechaçar a volta ao passado sombrio protagonizado pela turma que quebrou Goiás, ainda que se apresentem como uma nova cara.