Matéria publicada no jornal Valor Econômico desta terça-feira (16/01), assinada pelo jornalista César Felício, de Brasília, afirma que a possível candidatura à reeleição do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), não desponta em pesquisa de forma competitiva, nem ao menos em empate estatístico com o segundo colocado. O jornalista apresentou como fonte pesquisa Ipespe, que avaliou a posição em pesquisas dos gestores municipais que pretendem buscar a reeleição. Além do prefeito de Goiânia, apenas o da capital mineira, Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), também foi citado como candidato não competitivo.
Intitulada “Força de prefeitos relativiza polarização nas eleições”, a matéria jornalística aborda a questão da polarização política que tomou o país desde 2018, e avalia que a força dos prefeitos candidatos à reeleição deve prevalecer sobre essa polarização nacional. Para os analistas ouvidos pela reportagem, o primeiro fator será a avaliação do candidato que está no exercício do mandato, e a polarização virá depois.
“A polarização vai ajudar a projetar nomes, mas o perfil de administrador será determinante”, aposta Antônio Lavareda, do Ipespe, que faz no entanto uma ressalva: o índice de reeleição na eleição municipal tende a ser menor do que em 2020. “No nosso agregador de pesquisas 58% dos prefeitos de capital estão na liderança. O índice de reeleição há quatro anos foi 77%”, afirmou.
Pesquisa Atlas/Intel, divulgada no início deste ano, apontou que o prefeito Rogério Cruz é o terceiro com maior índice de reprovação entre todos os gestores municipais de capitais do país. De acordo com o levantamento, o republicano é reprovado por 64% da população goianiense, e aprovado por apenas 28% do eleitorado da capital goiana. Com esses números, avaliam os especialistas, uma possível candidatura de Cruz à reeleição teria pouquíssimas chances de sucesso.