Servidores prometem reagir ao calote de Marconi Perillo.

Diante da inércia do Sindipúbico, entidade que congrega os servidores públicos de Goiás e que é comandada por Thiago Vilar, aliado do governador de Goiás, Marconi Perillo, os servidores estaduais prometem reagir nas redes sociais ao que eles chamam de calote no data-base.

A reposição salarial, um direito constitucional dos servidores, deveria ser paga em maio deste ano, mas até agora o governo de Perillo nem sequer sinalizou para o cumprimento da obrigação. Ao contrário, o governo vem impondo ao funcionalismo duras penas, como o parcelamento do salário e a retirada de direitos, entre eles o adiamento do quinquênio, por exemplo.

Sem a reação do sindicato, os servidores públicos prometem deflagrar nas redes sociais uma grande campanha exigindo que o governo cumpra o acordado. “O servidor público estadual não pode pagar pela ingerência administrativa financeira do governo. Data-Base é direito constitucional”, diz um dos slogans da campanha.

Marconi Perillo foi reeleito para o quarto mandato depois de uma campanha em que abusou do discurso que pregava um estado com contas equilibradas e promessa de manter as conquistas do funcionalismo. Reeleito, tudo mudou depois de descoberto um rombo de mais de R$ 1,4 bilhão na conta centralizadora do estado. Sem dinheiro, Perillo foi buscar nos minguados contra-cheques dos servidores a saída para o seu descontrole financeiro: salários foram parcelados, quinquênios postergados, faltas justificadas desprezadas e, por último, o calote no data-base.

Os servidores públicos, assim como a maioria do povo goiano, se sentem vítimas de um grande estelionato eleitoral, capitaneado, entre ouros, pela leniência do Sindipúblico e pela conivência da mídia goiana. Os servidores esperam mobilizar toda população goiana para que sejam apoiados na luta para reaverem o que é deles por direito.