O promotor de Justiça de Goiás, Fernando Krebs, titular da 57ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, disse, em entrevista ao programa Contraditório, da TV Metrópole, que o quadro de situação falimentar das finanças públicas de Goiás não é fruto apenas da incompetência dos últimos administradores, mas que teria havido dolo, ou seja, a intenção de se promover uma administração ruinosa, a fim de que um determinado grupo fosse privilegiado por isso.
“Isso não ocorreu por incompetência, tão somente. Basta investigar e quando investigarmos chegaremos a conclusão de que não foi apenas por incompetência, houve dolo, houve a intenção de se promover uma administração ruinosa das finanças públicas para aproveitamento próprio (dos administradores) e de terceiros e nós temos que apontar isso e buscar medidas para ressarcir o erário”, disse.
Segundo Fernando Krebs, para que as investigações se aprofundem e cheguem a um resultado satisfatório é preciso que o Ministério Público seja comandado por alguém que tenha compromisso real e efetivo com o combate à corrupção.
Para o promotor, que é um dos candidatos na eleição que vai formar a lista tríplice para escolha do Procurador-Geral de Justiça, o futuro chefe do MP-GO deve ter capacitação técnica e capacidade administrativa para unir os melhores membros do Ministério Público e colocar a instituição a serviço da sociedade e da justiça.
“Esse tem que ser o compromisso de todo e qualquer membro do Ministério Público, sob pena de acontecer com o MP-GO o que aconteceu com o Ministério Público do Rio de Janeiro, onde até o seu ex-chefe acabou sendo preso, porque era conivente com os esquemas de corrupção naquele estado”, pontuou.
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