O número de integrantes da Polícia Militar é praticamente o mesmo de 16 anos atrás, pouco mais de 13 mil policiais. O próprio Secretário de Segurança Pública de Goiás, Joaquim Mesquita, admitiu recentemente que o déficit de policiais nas ruas do estado, hoje, é de mais ou menos 4 mil PMs, mas na verdade é de mais de 12 mil policiais. A inconstitucionalidade do SIMVE jogou por terra a pretensão de Perillo de paliar esse déficit, criando uma polícia temporária.
Promulgada em 19 de dezembro de 2012 pelo Governador Marconi Perillo, no exercício do seu terceiro mandato à frente do Governo de Goiás, a lei 17.866 fixou o efetivo da Polícia Militar de Goiás em 30.741 (trinta mil, setecentos e quarenta e um) policiais militares, distribuídos em diversos postos e graduações. Na prática, no entanto, esse efetivo não sofreu alterações, senão para menos.
Não obstante, o Governador Marconi Perillo anunciou que vai criar o Batalhão de Polícia Fazendária, o BPMFAZ, com o objetivo de executar os serviços de policiamento preventivo e repressivo nas operações especializadas de fiscalização e controle de trânsito em apoio às ações de fiscalização de tributos estaduais. Na prática o Batalhão terá a incumbência de receber IPVA atrasado, promovendo barreiras volantes para flagrar os inadimplentes.
Com todo esse déficit de policiais e relutando em atender determinação judicial para o chamamento dos 1.421 aprovados no último concurso da PM-GO, o Governo de Goiás vai desfalcar o policiamento ostensivo no Estado para tentar sanar o déficit financeiro de mais de R$ 1,5 bilhão no caixa do estado.
Com um déficit de 12 mil policiais em Goiás, Marconi Perillo vai designar um batalhão inteiro de policiais militares para cobrança de IPVA. O que já está muito ruim vai ficar pior. Isso é Goiás.