Em artigo publicado hoje no Diário da Manhã, o Jornalista Hélmiton Prateado, um ferrenho defensor do Governador Marconi Perillo, demonstra toda sua indignação com os jornalistas e assessores que não defendem o Governador. “O silêncio de todos esses só pode ser compreendido ouvindo o grito rouco da herança que não esquece dos vendilhões”, disse o missivista no texto, que lembra as “parábolas” de Batista Custódio.
O artigo escrito por Hélmiton é, na realidade, uma resposta a um artigo que sequer foi publicado, endereçado ao Diário da Manhã por Waldemar Curcino Filho, ex-assessor particular de Henrique Santillo, que tem feito duras críticas a forma de agir do Governador Marconi Perillo. Não é preciso falar que a ética jornalística foi pisoteada sem nenhum pudor pelo veículo de imprensa que se diz democrático. O artigo em defesa de Marconi Perillo saiu primeiro do que o artigo que o critica. Em Goiás o muros continua andando sobre gatos.
No texto, Prateado assevera que o “governo tem em seus quadros um verdadeiro exército de jornalistas, articulistas, escribas ou até mesmo arremedo de pensadores, remunerados com alto salários em diversos órgãos da administração estadual”, e diz não compreender porque o silêncio impera e nenhum deles se arvora a sair em defesa de Perillo.
Segundo o jornalista Prateado, “todos esses que hoje são remunerados do governo estadual já estiveram do outro lado em muitos outros governos e, inclusive, já foram adversários do Marconi e lhe fizeram acusações muito mais gravosas”, diz, confessando o caráter mercantilista daqueles que se intitulam profissionais da imprensa em Goiás. Para Hélmiton, “talvez não se manifestem por medo de que a história revele os rastros de suas passagens por outras paragens políticas e mostre a concupiscência das relações mantidas em outros tempos”.
Talvez, entretanto, Hélmiton Prateado não tenha entendido que as relações construídas por esse governo comandado por Perillo foram feitas sob o lamaçal do fisiologismo barato e do interesse vil. Não existe uma base fundada no respeito, na consideração ou no reconhecimento incondicional. Marconi Perillo é cercado por lacaios prontos pra trair. É só a fonte secar.