O governador Ronaldo Caiado comemorou, nesta terça-feira (20/10), o anúncio feito pelo Ministério da Saúde da compra de 46 milhões de doses da vacina Butantan-Sinovac contra a Covid-19 para o Plano Nacional de Imunização. “É a melhor notícia do ano. A vacina é algo prudente, que deve ser tomada”, assegurou, ao final da reunião em que participou com o ministro Eduardo Pazuello e os demais governadores, em Brasília.
Produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, a vacina, com vírus inativo, deve ser concluída em dezembro e disponibilizada no início de 2021. “A previsão é que a aplicação das doses ocorra já a partir do final de janeiro pelo Plano Nacional de Imunização”, destacou o governador.
Caiado ainda afirmou que nenhum Estado fará a vacinação em detrimento de outro. “O Ministério da Saúde vai fazer o levantamento do que se caracterizam faixas de riscos, que serão os primeiros a serem atendidos em todos os 27 Estados”, esclareceu. As doses serão distribuídas via Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais da saúde também terão prioridade.
O governador ressaltou que o importante, agora, é tranquilizar a população para que não haja o receio da vacina. “Por favor, tome a vacina quando ela existir”, frisou. Dentro do percentual de acometidos pela forma grave da Covid-19, destacou, a preocupação não é apenas o comprometimento do pulmão. A infecção é uma doença sistêmica, que deixa outras sequelas.
“Tratamos hoje de uma população enorme que sobreviveu à Covid, mas que tem sérios problemas pulmonares, vasculares, renal, neurológico”, afirmou o governador. “Então, a vacina é algo prudente, que deve ser tomada, de acordo com a oferta e de acordo com aquilo que o Ministério da Saúde identificar como grupo de risco”, pontuou.
Com a aquisição da Butantan-Sinovac, o Ministério da Saúde disponibilizará mais de 186 milhões de doses ainda no primeiro semestre de 2021 à população. Já haviam sido adquiridas as vacinas AstraZeneca e Covax.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Butantan-Sinova e a AstraZeneca estão na fase III de produção, quando já são testadas em milhares de pessoas. Além destas, a partir de abril do próximo ano a Fiocruz deve iniciar a fabricação própria da AstraZeneca e, com isso, disponibilizar até 165 milhões de doses durante o segundo semestre de 2021. As vacinas ainda devem ser liberadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).