Os 1.421 aprovados em cadastro de reserva do último concurso válido da PM-GO, que ganharam na justiça o direito de convocação para efetivação nos quadros da Polícia Militar do Estado de Goiás, prometem retomar o acampamento em frente ao Palácio Pedro Ludovico Teixeira, no canteiro central da Avenida 82, no Centro de Goiânia, onde, em 2014, ficaram acampados por 98 dias esperando a convocação que nunca veio. Os preparativos para a retomada do protesto pela convocação já estão sendo tomados e a expectativa é que comece no início da próxima semana.
“Diante da inércia do Estado em cumprir a determinação Judicial de convocar os aprovados em cadastro de reserva da PM/GO e ajudar a população que tanto clama por segurança, os aprovados resolveram começar a se manifestar e montar novamente o acampamento em frente ao palácio Pedro Ludovico e só saírem quando convocados para início do Curso de Formação Policial”, diz a nota emitida pelo grupo.
Em maio deste ano o Tribunal de Justiça de Goiás negou o recurso do governo estadual e determinou a convocação dos candidatos aprovados em cadastro de reserva no concurso da Polícia Militar realizado em 2012 em substituição aos contratados pelo Serviço de Interesse Militar Voluntário (Simve). Desde então Marconi Perillo vem protelando a convocação. No final de agosto a Casa Civil disse que estaria fazendo os cálculos para saber quantos concursados seria possível chamar com o que era gasto com os temporários. Até hoje, entretanto, o Governo não se manifestou.
O Promotor de Justiça Fernando Krebs, do Ministério Público Estadual, disse que em breve será ajuizada a ação de execução provisória da sentença que determinou o chamamento dos concursados, o que, em tese, obrigaria o Governo a efetivar a convocação da turma.
O déficit de policiais militares em Goiás, que é um dos maiores do Brasil em relação à população, gira em torno de 12 mil policiais. O número de roubos e furtos, além de homicídios, tem aumentado no estado. Não obstante, o Governo tucano em Goiás resiste em cumprir a determinação judicial o que, sem dúvidas, causa um grande prejuízo à segurança dos cidadãos goianos.
