Nas últimas 24 horas 8 pessoas foram assassinadas na região metropolitana de Goiânia. Só na capital foram 5 homicídios. Embora o Governo do Estado insista passar a ideia de que a violência diminuiu em Goiás, os fatos mostram o contrário. A secretaria de segurança pública vale-se de metodologias estatísticas que melhor lhe favoreça e que diminua o impacto, junto à população, do grave quadro que assola o Estado e, principalmente, Goiânia.
Nos últimos dois meses os homicídios voltaram a crescer em Goiânia. Em junho de 2015 foram assassinadas 37 pessoas na capital. Em julho esse número subiu para 41 e em agosto foram registrados 48 homicídios. Em comparação aos números de junho o aumento foi de 29,73%. Já a SSP-GO analisa os números em comparação aos do ano passado e por isso diz que houve diminuição.
A triste realidade da violência na capital goiana é a soma de fatores que contribuem para o caos anunciado. Falta de projetos voltados para a prevenção de crimes e o alto déficit de policiais nas ruas das cidades são motivos para o agravamento da situação. Obviamente não se faz segurança púbica apenas com policiais, mas, definitivamente, não se faz segurança pública sem policiais suficientes.
Mesmo diante da grave situação, o Governo de Goiás insiste em não chamar os 1.421 aprovados em cadastro de reservas do último concurso válido da PM/GO, os quais obtiveram na justiça o direito à convocação. Pela decisão judicial, o Estado estaria obrigado a convocar os aprovados até o limite do que era gasto com o extinto SIMVE. Pelas planilhas apresentadas, seria possível chamar até 1.000 policiais, o que, sem dúvidas, contribuiria para diminuir os horrorosos números da violência em Goiás.
