Em tempos de escolha eleitoral, é crucial que os eleitores estejam atentos às incoerências dos candidatos que almejam cargos públicos. O candidato a prefeito de Goiânia pelo PL, Fred Rodrigues, vem se destacando ao afirmar que, caso eleito, fará uma gestão técnica e que somente aceitará indicações para os cargos de 1º e 2º escalões da prefeitura se estas forem acompanhadas de um excelente currículo. No entanto, essa postura levanta uma série de questionamentos que não podem ser ignorados.
Se considerarmos a métrica proposta por Fred, ele próprio não estaria qualificado para ocupar um cargo no Paço Municipal, muito menos de fazer uma gestão técnica. Afinal, o candidato não possui experiência profissional significativa, nem na iniciativa privada, nem na administração pública. É uma contradição inaceitável que alguém que não atende aos critérios que ele próprio estabelece se posicione como um líder capaz de conduzir a cidade.
Além disso, Fred se apresenta como um candidato da ruptura, aquele que se opõe ao sistema estabelecido. Esse discurso ressoa com um eleitorado que busca mudança a qualquer custo, mas é importante lembrar que a verdadeira mudança não pode ser baseada em promessas vazias e incoerências. A retórica antissistema, muitas vezes, esconde a falta de propostas concretas e a ausência de uma visão clara para o futuro de Goiânia.
Assim, é fundamental que a população goianiense reflita sobre o que realmente espera de seu próximo prefeito. A busca por um líder competente e com experiência deve prevalecer sobre a atração por discursos simplistas que prometem uma ruptura sem fundamentos sólidos. Fred Rodrigues pode até ter o apoio de eleitores mais sectários, mas para governar uma cidade como Goiânia é imprescindível mais do que apenas retórica; é necessário um compromisso genuíno com a competência e a capacidade de entrega.
Vamos, portanto, analisar as propostas e as trajetórias dos candidatos com atenção crítica. Goiânia merece um futuro construído com base na experiência e na responsabilidade, e não na incoerência. É forçoso lembrar, ainda, que a capital não suportaria mais quatro anos de uma gestão temerária e, caso isso aconteça, muito provavelmente haveria um colapso total na prestação dos serviços públicos e inviabilização da administração municipal.