Em entrevista ao jornalista Murilo Santos, na coluna “Hoje de Frente com o Poder”, do jornal O Hoje, o atuante Promotor de Justiça do Ministério Público de Goiás, Fernando Krebs, fala da sua carreira, dos medos e o orgulho de ter sempre atuado em defesa da legalidade e contra a corrupção no serviço público.
Acostumado a sofrer ameaças, como a que foi divulgada recentemente, em que um ex-integrante do SIMVE disse em redes sociais que pretendia matá-lo, Krebs diz que na época em que atuava no Tribunal do Juri realmente sentiu medo de morrer e chegou a andar com colete à prova de balas. Hoje, no entanto, diz que lida com essas ameças sem grandes traumas: “como já foram muitas e não foram as últimas, vou ficando com o couro cada vez mais grosso. Aprendo a apanhar e fico mais forte para enfrentá-las. Isso é muito bom. Dá para fazer uma limonada desse limão’, diz.
Criticando o Secretário de Segurança Publica de Goiás, Joaquim Mesquita, que tem insistido em medidas inconstitucionais, tal como o SIMVE, Fernando Krebs chama a atenção para a irresponsabilidade do gestor público e suas consequências: “como gestor, ele corre risco de ser responsabilizado civilmente por eventual prejuízo ao erário. Os policiais temporários trabalharam para o Estado cerca de um ano e meio e receberam 1/3 do salário dos policiais militares. Eles podem procurar a Justiça do Trabalho pedindo isonomia com os PMs, já há jurisprudência. A economia do Estado irá pelo buraco. O responsável por causar prejuízo ao erário será o ordenador de despesas: o secretário de Segurança Pública”, pontua.
Perguntado se é contra o concurso anunciado pelo governo para provimento de vagas na Polícia Militar do estado, o promotor diz que não, “desde que se faça aproveitamento dos excedentes do concurso em vigor e que se cumpra a decisão judicial. Um novo concurso é necessário porque a PM-GO tem um déficit muito grande. Foi criada lei que aumentou o efetivo da PM de 12 mil para 30 mil”.
Fernando Krebs avaliou, também, que o caso do ex-senador e procurador Demóstenes Torres impactou negativamente no Ministério Público de Goiás e causou grande desprestígio da instituição, bem como uma clara e grande divisão interna, o que, para ele, só será superada com o tempo.
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