Conhecida como a capital da fé, Trindade, cidade da região metropolitana de Goiânia, tem uma população estimada em pouco mais de 115 mil habitantes, espalhados por 753 km2 e uma densidade demográfica de aproximadamente 153 habitantes/km2. Todos os anos a cidade recebe perto de 2 milhões de fiéis do Brasil inteiro para a festa do Divino Pai Eterno. Como todas as demais cidades do estado, entretanto, Trindade sofre com os altos índices de violência, consequência do descaso do Governo Estadual, comandado por Marconi Perillo (PSDB).
Indignado com mais um caso de brutal violência que atingiu o município na manhã de hoje, 04/12, quando uma criança de apenas 10 anos foi assassinada a tiros quando encontrava-se dentro de um carro, juntamente com os pais e amigos numa rua da cidade, um policial civil, que pediu para não ser identificado, informou ao Blog que a situação da segurança pública na cidade é a pior possível. Segundo ele, o município conta com apenas 8 policiais militares e 4 viaturas para atender os 753 km2. A média é de 1 policial para quase 15 mil habitantes. A média brasileira é de 1 policial para 473 moradores.
No caso da Polícia Civil a situação é pior ainda. O plantão policial na cidade conta com apenas 3 policiais, sendo um escrivão e 2 agentes. Não tem delegado na cidade e a Delegacia de Polícia Civil atende os municípios vizinhos como Campestre, Santa Bárbara e Nazário. Durante o plantão a média de policiais civis por habitantes é de 1 policial para quase 50 mil habitantes, diz o policial. É humanamente impossível que o cidadão seja atendido nas suas demandas. “Aqui o cidadão vive, literalmente, sob a proteção do Divino Pai Eterno, porque o Governo não tem compromisso com a segurança de ninguém”, diz o agente da lei.
A falta de efetivo policial e de projetos na área da segurança pública faz com que a violência dispare e atinja níveis insustentáveis, como tem sido os casos de homicídios, latrocínios, roubos e furtos nos quatro cantos do Estado de Goiás. Para piorar a situação, o Governo de Goiás trava uma queda de braço com as forças de segurança do Estado, colocando ainda mais em risco a integridade física e patrimonial dos goianos.