O único hospital da cidade de Marzagão, município localizado no sul do estado a 200 km de Goiânia, está fechado há praticamente um ano. A justificativa da Prefeitura para o fechamento do hospital foi de que a estrutura física da unidade necessitava de reformas. Segundo a população, não há operários trabalhando no local e a prefeitura, que prometeu reabri-lo em 2 meses, não dá maiores explicações e nem diz quando o hospital será reaberto.
Desde que o Hospital, que conta com 20 leitos, todo equipado, inclusive para pequenas cirurgias, foi fechado, os atendimentos de urgências e emergências passaram a ser feitos no Programa Saúde da Família – PSF. Para consultas, exames e outras intervenções médicas os moradores estão sendo obrigados a se deslocarem mais de 25 quilômetros para receber atendimento.
Sem respostas do governo municipal, um grupo de oposição ao atual prefeito, composto pelo vice-prefeito Roberto Antônio de Oliveira e os vereadores João Batista Martins Filho e Sebastião Balduíno de Oliveira, todos do PSD, busca alternativas para a reabertura da unidade. Por iniciativa desse grupo, a Senadora Lúcia Vânia (PSB) conseguiu uma Emenda Parlamentar junto ao orçamento do Ministério da Saúde no valor de R$ 250 mil para o município de Marzagão, dinheiro que deve ser usado para concluir a reforma do Hospital Municipal.
O vice-prefeito Roberto Antônio de Oliveira, que não integra a atual administração, diz que tem um grande prazer em contribuir com o município e não mediria esforços para trazer bem-estar à comunidade, mas, segundo ele, nada disso seria necessário se houvesse o compromisso do governo municipal com as necessidades da população: “a receita do município chega a quase R$ 10 milhões/ano e o atual governo tem declarado aplicação de quase R$ 2 milhões na saúde. Não se compreende, entretanto, como é possível, com todo esse dinheiro aplicado na saúde, que o hospital continue fechado por falta de recursos”, questiona.
Já os vereadores da oposição dizem que o Prefeito Claudinei Rabelo (PSDB) tem privilegiado o gasto exagerado com pessoal em detrimento da saúde da população. 55% do funcionalismo do município são comissionados.