Inaugurado depois de 6 anos de promessa e envolto em denúncias de supostos desvios de recursos públicos, o Centro para Reabilitação de Dependentes Químicos (Credeq) de Aparecida de Goiânia abre as portas sob duras críticas de profissionais ligados à área da saúde e, em especial, do Promotor de Justiça de Goiás, Haroldo Caetano, do MP-GO.
Para Caetano, o Credeq “ilustra bem o pouco cuidado na gestão pública do Governo do Estado”. Segundo ele, não só pelo alto custo da construção (cerca de R$ 26,6 milhões) e eventuais desvios de recursos repassados à OS Luz da Vida, mas porque o Credeq foi construído sem base em política instituída em lei. O Promotor afirma que não há, sequer, definição do objeto a que se propõe e não tem suporte na política de saúde mental, o que viola abertamente a Lei 10.216.
Haroldo Caetano diz que, diante de tais absurdos, poderia ser, desde agora, embargada a construção das prometidas novas unidades, num total de 10 que o Governo de Marconi Perillo prometeu lá em 2010. “A que está pronta o governo sequer sabe o que fazer dela. Estão perdidos diante do elefante branco que construíram. Querem a qualquer custo que os gestores da saúde mental assumam todo ônus da malfadada empreitada. Gestores que sequer foram consultados na elaboração desse projeto populista, assim como não foram consultados os profissionais que atuam na área”, critica o promotor.
