Da Folha
O governador do Amazonas, José Melo (Pros), afirmou na manhã desta quarta-feira (4) que “não tinha nenhum santo” entre os 56 presos mortos durante uma rebelião que durou cerca de 17 horas, entre domingo (1º) e segunda (2), no Compaj (Complexo Penitenciário Anísio Jobim), em Manaus.
“Não tinha nenhum santo. Eram estupradores, matadores (…) e pessoas ligadas a outra facção, que é minoria aqui no Estado do Amazonas. Ontem, como medida de segurança, nós retiramos todos [os ameaçados]quem ainda restavam e segregamos a outro presídio para evitar que continuasse acontecendo o pior”, afirmou o governador à rádio CBN, ao ser questionado sobre a ligação de facções no massacre.
O governador culpou o tráfico de drogas e superlotações pela situação do sistema carcerário. “[A superlotação] é um problema comum a todos os Estados. Os recursos para a construção de novas prisões não foram na mesma velocidade que as secretarias de segurança agiram prendendo as pessoas. Então resultou nessa situação”.
“No caso do Amazonas, esse caso é mais grave, já que em dois anos de governo, nós já apreendemos 21 toneladas de drogas, o que representa o quantitativo apreendido por todos os outros governos que me antecederam, e praticamente dobramos a população carcerária com prisões voltadas sobretudo para essa questão de tráfico de drogas”.