Como o Blog já havia denunciado anteriormente, o Hugol, Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira, construído na região noroeste de Goiânia e inaugurado em julho último, continua ocioso. Notícia publicada na coluna Giro, do Jornal O Popular de hoje, 18/10, informa que o hospital opera com apenas 40% de sua capacidade.
Concebido ainda na campanha que reelegeu Marconi Perillo para o seu segundo mandato, em 2002, O Hugol foi entregue 13 anos depois e custou ao Estado R$ 166 milhões. Sua administração esta a cargo da Organização Social Agir, a mesma que administra o Crer em Goiânia. O hospital possui 510 leitos e 86 Unidades de Tratamento Intensivo que estão ociosas. Seu corpo clínico e administrativo é composto por 3 mil funcionários e o custo mensal de manutenção da unidade é de R$ 15 milhões.
O pífio atendimento à população, embora o sistema público de saúde esteja estrangulado pela grande demanda de pacientes, deve-se, sobretudo, ao fato do hospital não ser uma unidade de demanda livre, ou seja, o acesso à unidade depende de encaminhamento via Central de Regulação de Goiânia. Só os casos mais graves são encaminhados ao hospital. Casos mais simples continuam sendo atendidos pelos Cais e Upas da Capital que estão sempre abarrotadas de pacientes a espera de atendimento médico.