Embora o marketing do Governo de Goiás diga o contrário, a verdade é que a violência vem crescendo em Goiás (vide quadro ao lado). Sem ações efetivas por parte das autoridades competentes e com um número de policiais militares e civis muito abaixo do mínimo necessário, os cidadãos goianos sofrem na própria pele as consequências de um quadro assustador. Do absurdo, a violência em Goias vai galgando o nível de inacreditável.
Reportagem do Jornal Anhanguera, 2ª edição de hoje, 08/08, mostrou um caso que deixa-nos atônitos, teimando em acreditar que possa ser verdade: um casal teve uma camionete roubada e a mulher ligou para sua irmã, pedindo ajuda. A senhora saiu de casa para prestar socorro à irmã. Quando voltou pra casa encontrou o portão arrombado e o interior da moradia todo revirado. Nesse curto espaço em que a moradora permaneceu fora, ladrões invadiram a residência e levaram vários eletrodomésticos. Espanto e indignação tomaram conta das vítimas.
Enquanto o cidadão sofre com a violência que não tem limites, o Governo de Goiás procura meios de esconder sua incompetência. O Secretário de Segurança Pública de Goiás e vice-governador do Estado, José Eliton, acaba de tornar sigilosas 33 tipos de informações relacionadas com o órgão. O sigilo varia de 5 a 25 anos em sua maioria, mas pode chegar a 100 anos para certos tipos de informações.
Quanto a aumentar o efetivo da Polícia Militar, por exemplo, o Governo não se manifesta. O Estado tem hoje pouco mais de 11 mil policiais, cerca de 40% do número estabelecido em lei, que é de 31 mil PMs. As consequências desse baixo efetivo são explosões de caixas eletrônicos pelos interior goiano e aumento crescente no número de roubos a veículos, residências e estabelecimentos comerciais. Sair de casa ou andar numa camionete, por exemplo, é assumir o risco iminente de ser roubado, inacreditavelmente.