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Artigo de Opinião

Ana Paula Rezende relembra últimos dias ao lado do seu pai, Iris Rezende, em emocionante relato nas redes

Hoje, 09/06, faz exatamente sete meses que o ex-prefeito de Goiânia e ex-governador do Estado retornou à pátria espiritual, vítima das complicações de um acidente vascular cerebral. Iris Rezende ficou 93 dias internados e faleceu em São Paulo, no hospital Albert Einstein no dia 9 de novembro do ano passado. Deixou um imenso legado construído ao longo de 62 anos de vida pública

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A advogada Ana Paula de Araújo Rezende Machado Craveiro, filha do ex-prefeito de Goiânia e ex-governador Estado, Iris Rezende Machado, fez uma emocionante homenagem ao pai nas suas redes sociais, na manhã desta quinta-feira (09/06). Já se passaram sete meses desde que o emedebista, considerado o maior nome da política goiana, morreu vítima das consequências de uma acidente vascular cerebral, sofrido 93 dias antes. Iris faleceu em São Paulo, no hospital Vila Nova Star, para onde havia sido transferido para tratamento da lesão causada pelo AVC.

Ana Paula, que acompanhou muito de perto as últimas gestões do pai, que foi quatro vezes prefeitos da Capital e duas vezes governador do Estado, além de senador, ministro da Justiça e da Agricultura, começa sua homenagem lembrando do amor de Iris Rezende por Goiânia, por Goiás e pelo seu povo. “Ninguém amou mais Goiânia e Goiás do que o meu pai. Ninguém. Ninguém fez mais por esta cidade e por este Estado do que o meu pai. Ninguém!”, afirma.

Sem esconder a saudade e a dor pela perda irreparável, Ana Paula revela que nos seus últimos dias, já debilitado pelas infecções, Iris Rezende era apenas ele mesmo, na sua mais profunda essência, e toda família pôde então perceber que “ele não mudou uma vírgula do seu comportamento”.

“Ele mais uma vez nos surpreendeu e encantou a todos ao seu redor. Continuou gentil e amoroso com todos, espirituoso e sempre agradecido a Deus. Agradecia cada enfermeiro ou enfermeira, mesmo depois dos mais difíceis e dolorosos procedimentos”, conta Ana Paula.

 

Leia a íntegra do depoimento de Ana Paula 

Ninguém amou mais Goiânia e Goiás do que o meu pai. Ninguém. Ninguém fez mais por esta cidade e por este Estado do que o meu pai. Ninguém.

Em seus últimos dias de vida, já com o corpo enfraquecido pelas infecções, desnudo de qualquer interesse ou vaidade, naquele leito de hospital meu pai era ele na sua mais profunda essência. E descobrimos que ele não mudou uma vírgula de seu comportamento.

Ele mais uma vez nos surpreendeu e encantou a todos ao seu redor. Continuou gentil e amoroso com todos, espirituoso e sempre agradecido a Deus. Agradecia cada enfermeiro ou enfermeira, mesmo depois dos mais difíceis e dolorosos procedimentos.

Nas suas caminhadas pelo corredor do hospital fazia questão de cumprimentar a todos que passavam por ele. E se tinha alguma porta aberta, de algum apartamento da UTI, ele dava uma paradinha e soltava o seu tão conhecido “salve”.

Nos dias falantes, os assuntos sempre foram apenas dois: Deus e política. Discursava, contava para todos os seus feitos mais marcantes: uma vez contou para um médico paulista que tinha construído 1000 casas em um só dia para abrigar famílias carentes. Tive de explicar ao médico que não era um delírio, era real. O médico chegou a duvidar de mim.

Agradecia muito a Deus, pregava para os funcionários do hospital e orava. Orava e agradecia muito. Nunca pedia por ele. Pedia por Goiânia, pelo seu povo. Uma enfermeira que presenciou uma dessas orações por Goiânia gravou um áudio(dele) e me enviou. Emocionada, me disse que nunca imaginou que existia um politico que realmente amava sua cidade e seu povo, mas respondi a ela que também não conheci nenhum político que foi mais amado pelo seu povo do que ele.

 

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