Matéria veiculada no Jornal O Popular de hoje, 15/09, nos leva a crer que a guerra do tráfico em Goiânia fez mais uma vítima inocente. Segundo a reportagem, o jovem estudante Danilo Fernandes Roriz, de 19 anos, foi executado com uma rajada de tiros de pistola 9 milímetros, às 22 horas de segunda-feira (14) quando conversava com amigas na Praça do Violeiro, no Setor Urias Magalhães. Segundo o jornal, Danilo era filho do capitão da Polícia Militar Ricardo Roriz, lotado no Batalhão Ambiental, e da sargento Beatriz Roriz, lotada na chefia de planejamento estratégico (PM-8).
O lamentável episódio mostra o quanto os cidadãos goianos e, em especial, os goianienses estão suscetíveis às tragédias impostas pela falta de segurança que assola o estado, principalmente as regiões metropolitanas da Capital e do entorno do DF. Segundo a notícia, Danilo não tinha antecedentes criminais e foi vítima porque estava no local errado e na hora errada.
O fato prova que a violência absurda que tomou Goiás nos últimos 16 anos não poupa ninguém. O Estado é desafiado todos os dias e, por incompetência daqueles que deveriam promover a segurança pública, não consegue conter o descalabro que vitima a todos nós, sem exceção.
O lamentável fato ocorrido com Danilo é emblemático, e tem um simbolismo ainda mais trágico, pois o cidadão entende que se a violência atinge até a família de um policial, o que dirá da sua, um relés cidadão comum? Com um efetivo muito aquém do mínimo necessário, a Polícia Militar, última trincheira entre o bandido e o cidadão de bem, enxuga gelo. A cúpula da segurança não toma providências e o Secretário Joaquim Mesquita aposta no medo da população como estratégia para conter a violência.
Na ótica do Secretário, se a população sente medo, se precave mais e, por conseguinte, a chance de se tornar vítima da violência diminui. Seria cômico se não fosse trágico.