Uma semana depois da Casa Civil do Estado de Goiás anunciar que estaria calculando quantos concursados da PM-GO seriam chamados nesse primeiro momento para ocupar as vagas deixadas pelos ex-soldados temporários do SIMVE, o silêncio do Governo faz a apreensão dos 1.421 aprovados, que aguardam convocação, aumentar.
No final de julho o próprio Governador Marconi Perillo anunciou que o Estado não recorreria da decisão da justiça goiana, que havia mandado que o governo convocasse os aprovados em cadastro de reserva do último concurso válido da PM-GO, realizado em 2012, até o limite do que o Estado gastava com os policiais temporários demitidos em virtude da declaração de inconstitucionalidade do SIMVE, decretada pelo STF em março de 2015, e que iria cumprir a decisão e chamar os concursados para iniciarem o curso de formação.
Não obstante, os concursados foram surpreendidos pela Procuradoria Geral do Estado que interpôs recursos às instâncias superiores, questionando a decisão da justiça goiana. Apesar disso, o Governo garantiu que a decisão da PGE não obstaria a convocação e que as medidas para o chamamento estariam sendo tomadas. A inação do Governo, no entanto, preocupa os concursados e a população goiana.
O déficit de Policiais Militares em Goiás hoje é de cerca de 12 mil policiais. Goiás é o 7º pior estado em números de PMs por habitantes, com uma média de 1 policial por cada grupo de 538 moradores. A violência, sobretudo pela falta de contingente policial, cresce a cada mês. Roubos a transeuntes, ao comércio, a residências e a veículos sobem assustadoramente mês a mês. A convocação desses policiais é medida que se impõe para o bem da população.