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Descaso do Governo de Goiás motivou fechamento de 15 unidades neonatais no Materno Infantil

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Notícias de superlotação e mortes por superbactérias no Hospital Materno Infantil, em Goiânia, trouxeram à tona um fato que, infelizmente, não tem merecido a atenção da imprensa goiana: o descaso do governo de Goiás com a unidade. Uma das últimas consequências dessa omissão estatal foi o fechamento de 15 leitos de terapia intensiva neonatal do hospital. A interdição foi feita pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria nº 343, de 9 de fevereiro de 2017. O hospital é gerido pela organização social Instituto de Gestão e Humanização (IGH).

De acordo com o documento, a Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, enviou ofício à Secretária de Saúde do Estado de Goiás em 5 de maio de 2016, informando ao órgão goiano sobre o desacordo das unidades do hospital com as normas de habilitação de leitos de UTI neonatal, concedendo prazo para que as irregularidades fossem sanadas, o que não aconteceu.

Diante da inação da saúde goiana, o Ministério da Saúde desabilitou as unidades do Hospital Materno Infantil, fechando, na prática, 15 leitos de terapia intensiva. Funcionários acusam o IGH de promover a precarização da unidade e não cumprir as recomendações do MS. De acordo com os servidores do hospital, hoje tem um técnico para cada grupo de cinco crianças. O ideal seria um técnico para cada duas crianças, dizem. Os trabalhadores afirmam, ainda, que faltam equipamentos no hospital, como sensor de oxímetro, por exemplo, e que exames cruciais para a sobrevivência de bebês demoram um dia inteiro para ficarem prontos.

Denúncias narradas por servidores e ex-servidores do Materno Infantil afirmam que bebês recém-nascidos morrem devido à falta de condições mínimas, como incubadoras e respiradores. Segundo eles, os casos já foram narrados ao CRM, Corem, MP-GO, MPT e Vigilânica Sanitária, os quais, dizem, têm conhecimento da falta de estrutura da unidade, mas também não agem para mudar a realidade.

Com o fechamento das unidades neonatais, a SES/GO fará frente a uma despesa extra para custear UTIs em outros hospitais particulares, enquanto a OS contratada continuará recebendo por um serviço que não presta.

 

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