Notícia pela metade, divulgada pelos blogs simpáticos ao Governo de Goiás, induziria o eleitor a acreditar que a dívida consolidada, àquela que compreende os compromissos de exigibilidade superior a 12 (doze) meses contraídos mediante emissão de títulos ou celebração de contratos para atender a desequilíbrio orçamentário, ou a financiamento de obras e serviços públicos, seria de apenas R$ 9 bilhões. Na realidade, essa informação, divulgada pela agência Brasil, diz respeito tão somente à dívida do Estado para com o Tesouro Nacional.
Já a dívida total do Estado de Goiás, que compreende a Dívida contratual interna junto ao Tesouro Nacional e ao Sistema Financeiro Nacional, somou R$ 18.527.535.953,81 em outubro de 2016. Os dados são do Banco Central. Desse valor, R$ 18.219.908.224,36 seria da Administração Direta e R$ 307.627.729,45 da Administração Indireta. Em 2015 o Governo de Goiás gastou R$ 2,6 bilhões com o serviço da dívida, que inclui a amortização da dívida e o pagamento de juros. Para bancar esse valor, o Governo conseguiu economizar (superávit primário) apenas R$ 6 milhões.
Outro fator que levou Goiás a ser classificado como uma das piores contas públicas do país com nota D+, segundo o Tesouro Nacional, foi o baixo índice de liquidez financeira, que fechou com 0,67 em 2015. Isso quer dizer que para cada R$ 1 real que o estado tinha de obrigação ele dispunha de apenas R$ 0,67 centavos para fazer frente a essa exigibilidade.