Pesquisa do perfil dos Estados e Municípios Brasileiros (Estadic e Munic 2014), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, aponta que Goiás tem 1 Policial Militar para cada grupo de 538 habitantes e ocupa o 7º lugar no ranking de estados brasileiros com maior número de habitantes por policiais.
A Organização das Nações Unidas diz que o número ideal seria de 1 Policial para cada 250 habitantes. A média brasileira, apontada pelo estudo, é de 1 PM por 473 moradores.
A Polícia Militar tem hoje, segundo dados do próprio Comando, 11.953 efetivos, menos do que tinha há 16 anos. Apenas para se situar na média nacional, Goiás teria que ter hoje 14 mil policiais nas ruas, ou 26,1 mil se fosse atender a recomendação da ONU. Considerando que o trabalho nas ruas é feito por escalas, algumas 24 por 72 horas, e ainda os serviços administrativos desempenhados por policiais da ativa, é possível que o número efetivo de policiais nas ruas seja de apenas 1/3 do contingente, algo em torno de 4 mil PMs atuando diariamente.
Em dezembro de 2012 o próprio Governador Marconi Perillo editou a lei 17.866 que fixou em 30.741 (trinta mil, setecentos e quarenta e um) policiais militares o efetivo da corporação. Nenhum aumento, entretanto, foi implementado, pelo contrário.
O baixo número de policiais militares reflete diretamente na insegurança dos cidadãos, cada vez mais reféns da violência no Estado. A região metropolitana de Goiânia e entorno do Distrito Federal são as regiões mais prejudicadas com o número insuficiente de PMs nas ruas. Em aparecida os moradores dizem que há apenas uma viatura para atender até 16 bairros.
Apesar dessa deficiência de pessoal, o Governador Marconi Perillo mostra-se irredutível e se recusa convocar os aprovados no último concurso da PM que, inclusive, já receberam da justiça o sinal verde para a convocação. São 1.421 concursados à espera do chamamento para o curso de formação que colocaria Goiás, pelo menos, na média nacional de Policiais por habitantes.