A sociedade brasileira adoeceu. A moral foi geneticamente modificada. O caso dos funcionários da Assembleia Legislativa de Goiás que batem o ponto e, ato contínuo, deixam o local de trabalho, mostrado pelo Jornal O Popular e Televisão Anhanguera, expõe o lado obscuro de uma sociedade dita de bem.
Depreende-se do episódio que supostos cidadãos de bem, até então acima de quaisquer suspeitas, não têm apreço pela moralidade e nem pelo bem comum. Agem como verdadeiros larápios do erário e não se preocupam com os atos imorais que protagonizam. Não têm noção das consequências de seus atos.
É possível que muitos desses homens e mulheres que se locupletam do dinheiro público, que muita falta faz aos menos favorecidos, levem uma vida digna de pais e mães de família. É possível que deem conselhos, que eduquem seus filhos e que sejam essencialmente honestos. Mas lhes faltam a percepção do mal quando são eles os beneficiados pela corrupção. São amorais.
Infelizmente essa é a sociedade que temos. E é justamente por isso que o mundo se torna pior a cada dia. Há uma frouxidão moral tomando conta do brasileiro. O “levar vantagem em tudo” voltou a ditar as regras e isso tem sido passado de pai pra filho, como se não fosse uma prática execrável. As consequências são as piores possíveis. Sem perceberem, os imorais não se dão conta de que suas atitudes ajudam a construir uma sociedade podre e perigosa que, mais cedo ou mais tarde, vitimará seus próprios entes queridos. Lamentável.
