Inaugurado há um mês, o Hospital de Urgências da região noroeste de Goiânia, batizado de Hugol, atendeu apenas 2.300 pessoas, mesmo com uma estrutura que abriga 3.000 funcionários e custo mensal de R$ 15 milhões. Os números são do próprio Governo de Goiás.
Concebido ainda na campanha que reelegeu Marconi Perillo para o seu segundo mandato, em 2002, O Hugol foi entregue 13 depois e custou ao Estado R$ 166 milhões. Sua administração esta a cargo da Organização Social Agir, a mesma que administra o Crer em Goiânia. O hospital possui 70 Unidades de Tratamento Intensivo que estão ociosas.
O pífio atendimento à população, embora o sistema público de saúde esteja estrangulado pela grande demanda de pacientes, deve-se, sobretudo, ao fato do hospital não ser uma unidade de demanda livre, ou seja, o acesso à unidade depende de encaminhamento via Central de Regulação de Goiânia. Só os casos mais graves são encaminhados ao hospital. Casos mais simples continuam sendo atendidos pelos Cais e Upas da Capital.
Na prática, o Hugol está dividindo com o Hugo os já minguados pacientes regulados de Goiânia. A média de pessoas atendidas por dia no Hugol, nesse primeiro mês de atendimento, foi de apenas 76 pessoas. O Hugo, que atendida 800 pessoas/dia antes de passar a ser administrado por OS, atende hoje 190 pacientes/dia.
Pelos números, cada atendimento prestado pelo Hugol custou ao Estado a bagatela de R$ 7 mil reais. É um absurdo e um completo desperdício de dinheiro público, enquanto o cidadão sofre a falta de atendimento médico.