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Política

Jânio Darrot diz estranhar operação da Polícia Civil e evita apontar responsáveis pela denúncia

Ex-prefeito de Trindade por dois mandatos, o político, que tem o nome cotado para representar a base governista na disputa à prefeitura de Goiânia, disse estar tranquilo quanto às investigações sobre suposta fraude em licitação, ocorrida em 2013, quando ele era o chefe do executivo da cidade vizinha

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Jânio Darrot, ex-prefeito de Trindade, sobre possível pré-candidatura em Goiânia: "Não tenho por que temer e não tenho por que correr. Então, estou firme"

Prefeito de Trindade, cidade da região Metropolitana de Goiânia, por dois mandatos, o empresário Jânio Darrot (MDB), um dos nomes cotados para encabeçar a chapa governista na disputa pelo Paço nas eleições de outubro próximo, falou ao jornal O Popular sobre a operação da Polícia Civil, deflagrada para apurar suspeita de fraude em licitação no município vizinho quando ele era o chefe do executivo da cidade. Segundo o que foi divulgado, o suposto ilícito teria ocorrido em 2013, portanto há cerca de 11 anos. Darrot foi alvo de mandado de busca e apreensão e bloqueio de bens.

O empresário da moda se disse surpreso com a operação e negou veementemente que tenha havido qualquer tipo de fraude na licitação questionada. Darrot lembra que o pregão, hoje sob alvo da Polícia Civil, ocorreu para contratação de maquinários para a prefeitura. “Fizemos uma licitação pulverizada, com muitos lotes, tudo dentro dos trâmites legais”, explicou o ex-prefeito, sustentando, ainda, que tudo isso lhe parece casuísmo, sobretudo pelo fato dele ter seu nome colocado como possível candidato a prefeito de Goiânia.

Questionado se acredita que o grupo do presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, deputado Bruno Peixoto (UB), possa ter tido influência sobre a operação desencadeada pela Polícia Civil, Jânio Darrot evitou fazer juízo de responsabilidade quanto à denúncia, mas lembrou que é muita coincidência que isso tenha surgido exatamente no momento do ano eleitoral.

“Eu não vou fazer juízo disso. Me causa estranheza, mas não posso dizer nada e não vou me preocupar com isso neste momento. Estranho que ninguém pediu documento algum para a prefeitura para apurar a denúncia de fraude em licitação. E outra coisa, eu não era chefe da Comissão de Licitação, eu não assinei o contrato, eu não era o ordenador de despesas. Então é curioso que tenha vindo pra cima de mim antes de passar por esses órgãos”, questionou.

Pré-candidato a prefeito de Goiânia  

O nome de Jânio Darrot como possível candidato da base governista surgiu em outubro do ano passado, logo após a empresária Ana Paula Rezende (MDB), filha do ex-prefeito de Goiânia e ex-governador de Goiás, Iris Rezende Machado, ter descartado encabeçar a chapa da base na eleição para prefeitura de Goiânia.

O ex-prefeito de Trindade foi citado pelo governador Ronaldo Caiado (UB) e pelo vice-governador, Daniel Vilela (MDB), como o perfil que o eleitorado goianiense busca. A partir do que apontou pesquisas qualitativas, Caiado e Daniel defendem que uma eventual candidatura de Darrot atenderia não só as expectativas dos moradores da capital, mas também teria forças para contrapor uma possível candidatura do senador Vanderlan Cardoso (PSD), já que ambos são empresários e foram prefeitos de cidades da região Metropolitana.

Uma possível candidatura de Darrot, no entanto, teria contrariado os interesses do presidente da Alego, que vinha, até com certa força excessiva, trabalhando seu próprio nome como pré-candidato da base governista. Em meados de janeiro deste ano, porém, Peixoto anunciou que estaria desistindo da sua pré-candidatura, muito embora sua comunicação tenha continuado atuando para mostrá-lo como a melhor escolha para Goiânia.

Na entrevista, Jânio Darrot afirmou que não vai retirar seu nome da disputa, mas deixou claro que a decisão é do governador Ronaldo Caiado. O empresário diz ter plena consciência de que a candidatura não é apenas dele. Embora afirme que não tem nada a temer quanto à investigação, Darrot explica que não quer que respingue qualquer desgaste à imagem do governo.

“O governador tem de ficar à vontade para definir por qualquer nome. Isso eu falei para ele desde o ano passado, quando conversou comigo pela primeira vez. Se, de repente, não viabilizasse, que ele não ficasse constrangido de optar por outro nome. Se encontrarmos outra pessoa que possa preencher esse espaço melhor do que eu, é muito tranquilo para mim. Quero que ele fique muito à vontade para tomar a decisão.

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